Polícia acredita que mulher cortou unhas para dificultar investigação de homicídio

Vítima tinha arranhões de unha pelo corpo. Crime ocorreu no fim de semana, no Bairro do Coração, Região Metropolitana de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

A Polícia Civil está próxima de esclarecer o homicídio da adolescente Manuelle Vitória dos Santos Gonçalves, de 16 anos, morta com facadas no pescoço em via pública, no Bairro do Coração, Região Metropolitana de Macapá. A vítima foi achada em uma poça de sangue por volta de 6h de domingo (26).

A polícia já sabe quem é o autor das facadas. Mas, apesar de já ter sido identificado, ele não teve o nome divulgado pelas autoridades e ainda não foi localizado.

Entretanto, as investigações, que têm à frente o delegado Plínio Roriz, da Delegacia das Mulheres, acredita que, no mínimo, outra pessoa tenha o ajudado no assassinato. Isto porque, além das facadas, os peritos constataram vários arranhões pelo corpo de Manuelle, como se ela tivesse sido atacada com agatanhadas.

A suspeita, segundo Roriz, recai sobre a namorada do acusado. Ela já prestou depoimento, ainda no domingo, e foi liberada. No entanto, os investigadores perceberam que durante o tempo em que esteve na delegacia, ela mexia bastante em suas unhas.

Delegado Plínio Roriz: “Estranhamente, ela já estava com as unhas todas cortadas”. Fotos: Olho de Boto/SN

“Estranhamente, ela já estava com as unhas todas cortadas, bem curtinhas, quando nós a trouxemos para prestar depoimento. Mas o médico legista vai esclarecer tudo”, informou o delegado.

Até a manhã desta segunda-feira, o namorado dela continuava sendo procurado.

Versões

O pai da vítima contou à polícia que a filha saiu na noite anterior, do Porto do Céu, onde o irmão dela tem uma casa, para beber na residência de um amigo. O irmão foi junto, mas por volta de 1h30, foi embora. Manuelle decidiu ficar – e acabou morta.

Além da vítima e do dono da casa, havia mais um casal no local, que chegou pouco depois do início da confraternização.

Segundo o delegado, a namorada do acusado e o amigo de Manuelle, que por enquanto figuram nas investigações apenas como testemunhas, dão versões diferentes para o crime.

Moradores encontraram o corpo da adolescente por volta das 6h

O amigo da vítima contou à polícia que, em dado momento, todos saíram da sua casa e resolveram continuar a farra em outro local. No caminho, em frente a um local onde tocava música, o amigo da vítima decidiu dançar com a namorada do suspeito, que ficou aborrecido e com ciúmes. Por conta disso, começou um desentendimento entre eles.

“No depoimento, esse amigo não deixou bem claro, mas ele acredita que o motivo do descontrole tenha sido ciúmes”, reforçou o delegado.

Segundo essa versão, o acusado, então, passou a questionar e a gritar com a namorada. Quando ele, desembainhou a faca da cintura, Manuelle se meteu na frente e teria dito: “homem que é homem não bate em mulher”. Neste momento, foi esfaqueada.

Em seguida, o amigo e a namorada do acusado correram e se esconderam em um matagal.

Vítima foi morta com facadas no pescoço

Já a segunda versão é da namorada do suspeito. Ela contou à polícia que antes de ir para a casa onde a vítima bebia com um amigo, ela e o namorado já bebiam em outro local. Quando percebeu que o namorado estava ficando alterado, jogou a bebida fora, sem ninguém ver.

Quando o amigo não encontrou a bebida, questionou o acusado, o que acabou gerando uma discussão entre eles. Neste momento, segundo a versão da testemunha, o acusado tirou a faca da cintura, a vítima se meteu no meio e falou a frase: “homem que é homem não bate em mulher”. E foi esfaqueada. Em seguida, a namorada do acusado e o amigo fugiram.

Seles Nafes
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