Por SELES NAFES
A juíza Lívia Cardoso, do Tribunal do Júri de Macapá, rejeitou os argumentos da defesa e manteve a prisão preventiva do capitão reformado da PM do Amapá, Joaquim Pereira da Silva, de 62 anos, preso por matar um tenente também da Polícia Militar durante uma briga de trânsito. A magistrada entendeu que o oficial vem conseguindo fazer seu tratamento médico dentro da cadeia, sem a necessidade de estar em liberdade.
A defesa alegava que o capitão tem sérios problemas de saúde. O parecer do MP foi pela manutenção da prisão, mas em regime domiciliar.
Na manhã do dia 24 de fevereiro do ano passado, o capitão matou com um tiro na cabeça o tenente Kleber dos Santos, de 42 anos, após uma discussão e perseguição pelas ruas do centro. O homicídio ocorreu na esquina da Rua Hamilton Silva com a Avenida Cora de Carvalho. A vítima estava indo deixar o filho de 4 anos na escola. Apesar dos quatro tiros disparados contra o veículo de Kleber, o menino não ficou ferido.
O capitão se apresentou à polícia quase dois dias depois do crime, e teve a prisão decretada em março. A defesa alega que ele agiu em legítima defesa, mas a justiça aceitou a denúncia de homicídio qualificado.
Ao avaliar mais um pedido de liberdade, a juíza Lívia Cardoso entendeu que a prisão ainda se faz necessária para a garantia da ordem pública em função da gravidade do crime e pelo perfil do oficial, que já se envolveu em outro episódio de violência no trânsito.
Sobre os problemas de saúde, a magistrada disse ter constatado que Joaquim Pereira da Silva vem sendo atendido dentro do sistema carcerário.
“Destaco que, conforme informações prestadas pela própria defesa, o instituto (Iapen) autorizou a entrada de equipamento fisioterápicos para que Joaquim pudesse desenvolver as atividades necessárias para sua recuperação, o que me leva a concluir que seu tratamento vem sendo feito sem óbices”, comentou.