Por SELES NAFES
A deputada estadual Alliny Serrão (UB) pediu um encontro com a coordenação da Defesa Civil do Amapá para alinhar os planos de atuação com os municípios de Vitória do Jari e Laranjal do Jari, no sul do estado. O Rio Jari recuou nos últimos dias, mas continua muito acima do nível normal.
Na semana passada, o nível chegou a 2,12 metros, inundando bairros que estão em áreas de várzea como Mirilândia e Malvinas, e outros bairros nas partes mais baixas da cidade.
No entanto, a escalada do nível, que estava quase diária, deu uma trégua porque as chuvas reduziram nos últimos na cabeceira do rio. Nesta quinta-feira (27), o Jari estava acima de 1,70 metro acima do nível normal.
“A previsão é de muita chuva ainda, mas até agora, pelo que estamos acompanhando na vazão da hidrelétrica, está sob controle”, explicou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Herbson Sousa.
As enchentes são sazonais na região do Jari, com oscilações entre um ano e outro. Em 2022, em Laranjal, o nível chegou a 3,46 metros, atingindo metade do município e afetando 4 mil famílias. Em Vitória, cidade que está num nível mais baixo que Laranjal, a situação foi ainda pior. As aulas chegaram a ser suspensas nos dois municípios por quase dois meses.
Serviço de abastecimento de água e internet chegaram a ser afetados na região, e o temor é de que este ano a situação de repita.
“Estamos compartilhando informações diariamente com a Defesa Civil Estadual, e estamos distribuindo hipoclorito em alguns bairros (para tratar a água). Se chegar em 2,40 metros, a prefeitura deve decretar situação de emergência”, adiantou o coordenador.
“Até 1,60 não afeta nenhuma residência, mas naquelas áreas de invasão em várzea, por exemplo, estão inundadas. Abaixo de 1,60 esse campos ficarão sem água”, concluiu.