Por OLHO DE BOTO
Um foragido da Justiça foi morto ao tentar fugir atirando contra militares do Bope. O caso, registrado como morte por intervenção policial, aconteceu no início da manhã de hoje (14), em Santana, a 17 km de Macapá.
Alexandre dos Santos Xavier, o Toquinho, de 25 anos, atuava na prática de roubos e estava com a prisão decretada.
O subcomandante do Bope, major Wilksson, relatou que os policiais estavam na Operação Saturação, patrulhando próximo a uma área de ponte, no final da Avenida 15 de Novembro, no Bairro Fonte Nova, quando o suspeito tentou fugir da abordagem.
Ele atirou contra os policiais e pulou numa área alagada. A polícia revidou no mesmo momento. Cessados os disparos, Toquinho foi retirado do lago, baleado. O socorro médico foi chamado, mas ele morreu antes da chegada do Samu.
A pistola que ele empunhava foi recolhida e levada para a delegacia do município. Após a perícia, os policiais descobriram que ele já havia morado no Bairro dos Congós, na zona sul de Macapá, e era envolvido em vários assaltos.
Um desses crimes ocorreu no dia 26 de julho, no Bairro Jardim Marco Zero, zona sul da capital Macapá, onde ele e um comparsa, também já falecido, invadiram o escritório de uma madeireira, renderam o proprietário e depois fugiram numa motocicleta levando joias e um celular. A ação criminosa foi flagrada pelas câmeras de segurança da madeireira.
Outro crime com envolvimento de Toquinho, ocorreu no dia 8 de fevereiro de 2017, no Bairro Congós, quando ele e um comparsa, em fuga, invadiram uma casa e fizeram uma família refém, após um uma tentativa de assalto a um mercantil, frustrado pela PM. Entre os reféns estava uma criança de 5 anos de idade.
Na ocasião, o comparsa dele ainda fingiu ser um dos reféns, mas depois foi descoberto pela polícia. A negociação durou várias horas. Toquinho foi o último a se render.
“Ele tinha dois mandados de prisão em aberto por roubos. Cometia muitos roubos à mão armada em Macapá e sempre se evadia para Santana, onde se abrigava”, acrescentou o major.
Ele também informou que a área onde ocorreu o confronto era dominada por Toquinho, que determinava que não houvessem crimes lá e nas redondezas para não atrair a atenção da polícia.
“Ele sabia que se ocorressem crimes na área, a polícia ia fazer incursões e certamente ia chegar nele. Era uma lei de silêncio que ele impunha na comunidade, não queria chamar a atenção porque sabia que estava com a prisão decretada”, afirmou o oficial.