Audiência discute entraves para o início da exploração de petróleo no AP

Evento ocorrerá na cidade de Oiapoque, a 590 km de Macapá.
Compartilhamentos

Por ANDRÉ SILVA

Audiência pública marcada para o próximo dia 19, no município de Oiapoque, a 590 km de Macapá, vai debater os entraves par o início da exploração do petróleo na costa do Amapá.

O debate buscará levar ao conhecimento da população tudo referente ao assunto bem como o andamento da licença para o início das atividades, que podem gerar empregos diretos e indiretos no município.

A sessão será promovida pela Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). O deputado estadual Delegado Inácio (PDT) é quem está à frente da iniciativa. Segundo ele, organizadores de uma das maiores feiras de gás e petróleo do mundo – evento realizado este ano nos Estados Unidos – foram convidados para a audiência. Eles devem analisar as possibilidades para o Amapá com o empreendimento.

Para o deputado, a exploração pode trazer desenvolvimento para o estado e para a cidade de Oiapoque.

“Quando cheguei lá, pude perceber de forma ampliada o que é o petróleo e percebi o quanto estão olhando para a nossa região e o quanto as pessoas fora – empresários, cientistas e empreendedores – conhecem a nossa região até melhor que muitos amapaenses. E estão numa expectativa muito grande dessa nova fronteira do petróleo se consolidar em nossa região”, afirmou o parlamentar.

Ele lembrou que, há alguns anos, uma empresa francesa tentou fazer uma prospecção na costa do Amapá, a fim de estudos, mas não recebeu autorização. Atualmente, ela faz extração na costa da Guiana Francesa. Inácio destacou que a região vem crescendo economicamente desde então.

A Petrobras tenta a licença ambiental para começar os estudos na região amapaense, mas o Instituto de Meio Ambiente (Ibama) emitiu parecer contrário.

O deputado estadual Delegado Inácio (PDT) é quem está à frente da iniciativa. Foto: Ascom/Alap

“Tem exploração na Guiana Francesa acontecendo, a mais ou menos 50 quilômetros da nossa fronteira, e nós ainda não temos a licença para estudo. O que a Petrobras quer é a licença para estudo, que, necessariamente, precisa fazer uma perfuração de um poço para detectar se de fato há petróleo ou não. Agora, a certeza é muito grande por causa de toda a expertise que a Petrobras já tem. E as características da região. As bacias sedimentares estão na nossa região. A semelhança de solo e a formação geológica idêntica de outros países onde já foram feitas perfurações”, pontuou o deputado.

São esperados para o evento deputados federais que fazem frente à discursão na Câmara, população da região e os governadores do Pará e Maranhão, estados que estão localizados no litoral do Brasil e que veem grande possibilidades na exploração do petróleo em suas costas. Foram convidados, ainda, representantes da Petrobras e do Ibama.

A audiência vai acontecer na Escola Joaquim Nabuco na Cidade de Oiapoque, a partir das 17h.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!