‘Desonestidade intelectual’, diz Clécio sobre plano para barrar petróleo no AP

Governador disse que existe desinformação proposital sobre localização do empreendimento
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Por SELES NAFES

O governador do Amapá, Clécio Luís (SD), reagiu com veemência após a negativa do Ibama para a exploração de petróleo na costa do Estado. A informação amplamente difundida pela imprensa nacional (e pelo próprio instituto) de que o empreendimento seria na “foz do rio Amazonas”, foi duramente atacada pelo governador.

Na verdade, a Petrobras quer perfurar um poço de sondagem a quase 550 km do encontro do rio Amazonas com o Oceano Atlântico, ou seja, onde fica a verdadeira localização da foz.

Clécio, que também é geógrafo, disse que a decisão do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, é propositalmente desrespeitosa com o Amapá e com a Amazônia. O governador acredita que o Ibama ignorou o amplo diálogo que envolvia o Estado, ministérios, bancada federal e a Petrobras em busca da melhor saída ambiental. Para ele, houve manipulação da informação.

“É uma decisão baseada numa desonestidade intelectual. Quando se fala em foz do rio Amazonas, não se explica que essas bacias, esses lotes, estão a 540 km da foz e a 175 km da ponta do Cabo Orange (última porção de terra do Amapá ao norte), em águas profundas e no final da plataforma continental”, avaliou.

O governador do Amapá acrescentou ainda que a decisão foi tomada por um gabinete que não conhece a Amazônia e não dialogou com quem mora na região.

“Nós queremos ser ouvidos. Até onde eu saiba, o petróleo ainda é estratégico para o Brasil. Queremos participar da transição energética, que vai demorar muito ainda”. Veja a íntegra no vídeo.  

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