Da REDAÇÃO
Um dos quatro garimpeiros mortos em confronto com a Polícia Rodoviária Federal, durante incursão com o Ibama, na terra indígena Yanomami, em Roraima, era foragido da Justiça do Amapá, segundo nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) na segunda-feira (1º). O conflito ocorreu na noite de domingo (30).
Segundo o MMA, Sandro de Moraes Carvalho, 29 anos, conhecido como Presidente, era o líder de uma facção formada por garimpeiros ilegais. O grupo criminoso seria responsável pela morte indígena e o controle de garimpos ilegais na terra Yanomami. No sábado (29), três Yanomamis foram baleados na região, um morreu e dois estão hospitalizados.
O ataque dos garimpeiros armados, de acordo com o Ministério, ocorreu quando a aeronave que levava os policiais e os agentes do Ibama para uma fiscalização no território indígena pousou em uma pista clandestina.
“Houve confronto na ação de domingo e quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça no Estado do Amapá. Agentes federais apreenderam 11 armas com criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre 45, de uso restrito. Os corpos chegaram a Boa Vista na noite de domingo. (…) Os policiais revidaram e atingiram quatro atiradores, que não resistiram aos ferimentos”, diz a nota do ministério.
O MMA comanda uma ofensiva policial para desmobilizar a presença garimpeira na região, desde o mês de fevereiro. Mais de 300 garimpos já foram destruídos, além de motores, dois aviões e um helicóptero dos invasores, segundo a pasta.