Surto de gripe: crianças são transferidas do HCA para hospital particular

Governo contratou leitos infantis em hospital particular em Santana, a 17 km de Macapá.
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Da REDAÇÃO

Com o surto de gripe, que aumentou em 270% as internações de crianças nas últimas 5 semanas, 12 crianças que estavam internadas no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá, tiveram que ser transferidos para leitos contratados pelo Governo do Amapá em um hospital particular de Santana, a 17 km da capital. Algumas foram diagnosticadas com pneumonia e bronquiolite.

A medida foi adotada pelo Governo do Estado ontem (13), após o governador Clécio decretar situação de emergência na saúde pública devido à escalada de casos de síndromes respiratórias agudas graves, que vêm se acentuando desde janeiro, sobretudo no público infantil.

A parceria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com o Hospital Vila Amazonas, em Santana, garantiu mais 20 vagas para a rede pública. Além disso, foram abertos na rede pública mais 32 leitos clínicos pediátricos e mais 4 de Terapia Intensiva (UTI).

Para dar suporte às famílias, uma van é disponibilizada diariamente nos horários de visita para que os responsáveis possam realizar a troca de acompanhantes e para que recebam o boletim médico.

GEA contratou 20 vagas infantis Hospital Vila Amazonas, em Santana. Fotos: Ascom/GEA

O governo também reativou o Comitê de Operações Emergenciais em Saúde Pública (Coesp), criado em 2020 para gerenciar de forma técnica a pandemia de covid-19, que também e considerada uma SRAG.

De acordo com o relatório emitido pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o surto é provocado pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) causador de doenças como a bronquiolite, hoje responsável por mais da metade das internações.

Ainda de acordo com os dados epidemiológicos, a maioria das crianças que estão em estado grave não possuem cartão de vacina atualizado ou não se vacinaram contra a Influenza e covid-19. Por isso, as medidas também têm como foco o aumento da cobertura vacinal.

A SVS emitiu recomendações para evitar o aumento de casos, como adotar medidas de prevenção (uso de máscaras, higienização frequente das mãos e distanciamento físico de pessoas com sintomas); imunização contra as doenças preveníveis; e evitar levar para as escolas e creches as crianças com sintomas respiratórios.

Seles Nafes
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