Transmissão do júri do ‘Caso Emily’ bate recorde no canal do Tjap

Servidores da comunicação do tribunal transmitem o julgamento
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Por SELES NAFES

O setor de comunicação do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) tem motivos de sobra para comemorar o julgamento do Caso Emily. A live que transmitiu o júri por quase 16 horas ininterruptas teve mais 54 mil visualizações, um recorde para o canal que possui somente 8.380 inscritos.

O canal do Tjap foi criado em 6 de junho de 2013. No início, o objetivo era divulgar reportagens institucionais produzidas pela equipe de comunicação, além de entrevistas e peças publicitárias.

Normalmente, os conteúdos possuem entre 50 e 100 visualizações, ou seja, são basicamente consumidos pelo público interno e operadores do direito. Mesmo assim, em quase 10 anos de produção, o canal teve mais de 1 milhão de visualizações.

A audiência começou a mudar em março com a transmissão de júris de casos de grande repercussão, como foi o Caso Raiane, no município de Santana. A jovem de 20 anos foi morta a facadas pelo ex-namorado George Correa, que foi condenado a 24 anos de prisão por feminicídio.

A transmissão desse julgamento foi primeiro a bater na casa dos 40 mil views, mas, por problemas técnicos, o conteúdo não ficou à disposição dos internautas e precisou ser postado posteriormente. Mesmo assim, já teve mais de 7,1 mil visualizações.

Outras lives de julgamentos foram feitas em comarcas como Laranjal do Jari, Mazagão e Ferreira Gomes, mas nenhuma com a repercussão do caso da cabo da PM Emily Miranda, morta aos 29 anos com quatro tiros.

Ontem, no júri de Kassio de Mangas, de 34 anos, ex-policial e ex-namorado, a transmissão foi acompanhada por um público fiel até o momento em que a juíza Lívia Cardoso sentenciou o ex-soldado a 24 anos e 9 meses de prisão, em regime fechado. A leitura da sentença foi acompanhada simultaneamente por 3,4 mil internautas, perto da meia-noite.

A transmissão de julgamentos ainda não é uma normativa dentro do tribunal, mas é uma tendência que deve se consolidar, especialmente por ajudar o tribunal a construir uma imagem de eficiência e transparência.

“Atingimos nosso objetivo, pois a transparência é um dos pilares que norteiam nossa gestão em todos os sentidos. É um direito constitucional de acesso que o cidadão tem às informações públicas. Isso é resultado de dedicação, responsabilidade e empenho de todos que integram o Poder Judiciário, que tem o dever de ser transparente e é isso que estamos dispostos a ser sempre”, avaliou presidente do Tjap, desembargador Adão Carvalho.

Seles Nafes
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