Por SELES NAFES
Uma mulher de Macapá está vivendo um verdadeiro inferno nas mãos do ex-marido, que em 2021 já havia tentado assassiná-la a tiros. Desta vez, depois de perseguir a ex-esposa e o filho, ele teve a prisão preventiva decretada pela justiça a pedido da Polícia Civil do Amapá. E não foi a primeira vez.
A nova prisão foi decretada pela juíza Luciana Camargo, da Vara do Tribunal do Júri de Macapá, a pedido da Delegacia de Crimes Contra as Mulheres.
Segundo o inquérito, durante o casamento, a vítima era agredida constantemente pelo então marido, até que ela decidiu dar um basta na relação.
A primeira prisão de Bézio Filho Lobato da Silva ocorreu no dia 22 de dezembro de 2021, quando eles estavam separados havia quatro meses. De acordo com a polícia, ele atraiu a ex-esposa para um encontro onde supostamente lhe entregaria ajuda financeira para o Natal dos três filhos.
O encontro foi marcado em via pública, no Bairro do Pacoval. Quando a vítima chegou, ele tentou levava para outro local, mas ela rejeitou a proposta. Houve discussão, e um disparo atingiu a barriga dela.
A ex-esposa só não foi morta porque a arma emperrou, apesar de o agressor apertar várias vezes no gatilho.
Bézio foi preso em flagrante, e teve a prisão convertida em preventiva. Ao todo, ele ficou mais de três meses preso no Iapen. A ex-esposa se recuperou depois de passar por cirurgia no Hospital de Emergência de Macapá.
No último 24 de maio, por volta das 7h, a ex-esposa estava chegando na escola para deixar o filho quando foi abordada por Bézio em uma motocicleta. Ele teria avisado que ia matá-la e tentou atropelá-la. A vítima mandou o filho correr para dentro da escola, onde ela também conseguiu abrigo.
Imediatamente, ela procurou a Delegacia de Crime Contra as Mulheres que solicitou a nova prisão preventiva.
Ao analisar o pedido, a juíza Luciana Camargo avaliou que “diante desta personalidade desajustada e perigosa, certamente se mantido solto representará verdadeiro risco à ordem pública e a integridade física da vítima”.
O mandado de prisão foi expedido no último 15, mas ainda não há confirmação de que ele foi comprido.