Por OLHO DE BOTO
A Polícia Civil desmontou uma base do crime organizado e prendeu 4 pessoas investigados pela 1ª DP de Santana por vários crimes, entre eles, 4 execuções e 5 homicídios tentados.
As prisões ocorreram nesta segunda-feira (11), no Bairro Jardim de Deus I, em Santana, a 17 km de Macapá, após levantamento da Coordenadoria de Inteligência e Operações (CIOP) da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Grupo Tático Aéreo (GTA).
Inicialmente 5 homens foram detidos, mas dois deles foram liberados após serem ouvidos, ficando apenas 3 homens e a mulher presa. Os suspeitos de 18, 19 e 47 anos, e a mulher, de 30 anos, não tiveram os nomes revelados pela polícia.
O delegado responsável pelas investigações, Mauro Ramos, não detalhou os crimes atribuídos ao bando, mas confirmou que o principal matador da organização foi preso e que todos estão envolvidos com o tráfico de drogas, roubos e em homicídios motivados por acerto de contas entre facções rivais.
Ainda segundo o delegado, as ordens para os crimes partiam de dentro da cadeia, inclusive, uma motocicleta que era utilizada na matança foi apreendida, juntamente com coletes balísticos e uma vasta quantidade de munições.
“Foram os homicídios ocorridos na Região Metropolitana que nos levaram até o bairro, que é onde funcionava uma espécie base deles, onde guardavam os apetrechos usados no cometimento desses crimes. As investigações ainda estão em andamento. Temos hoje 4 homicídios e 5 tentativas de homicídio atribuídos diretamente a esse grupo, mas os crimes podem ser muito mais, estamos trocando informações com outras delegacias e essa quantidade de mortes atribuída a esse grupo pode aumentar”, explicou o delegado.
No total foram aprendidos: 4 máscaras; 69 munições 9 mm; 14 munições .40; 12 munições de calibre 38; 1 pistola .40 com carregador; 1 balança de precisão; 3 celulares; 3 porções de crack; 1 porção de maconha; 1 porção grande de crack; 1 farda da PM; 3 coletes balísticos; 1 motocicleta de cor prata; 1 máquina de cartão.
O grupo foi autuado por associação criminosa, roubos, tráfico de drogas, homicídio, tentativa de homicídio, posse de munição e porte ilegal de arma de fogo.
Mauro Ramos explicou que o grupo era uma espécie de ‘Longa Manus’ da facção – a expressão designa o executor de ordens. É normalmente utilizada em referência ao oficial de justiça, que é o executor das ordens judiciais, ou seja, a ‘mão estendida do juiz na rua’.
“Cada um deles tinha uma função específica aqui fora para seguir as ordens dos chefes de dentro da cadeia. Um era responsável por fazer o contato com a cadeia, tem o que era responsável pelo transporte da droga, tem o que faz o levantamento do aluguel de carros, tem o que levanta informações sobre as vítimas, são uma cadeia criminosa, são organizados”, explicou o delegado.
Todos os presos foram encaminhados à audiência de custódia.