Sem energia, ribeirinhos amargam prejuízos com perda de alimentos

Interrupção do fornecimento ocorreu na comunidade do Matapi Mirim, distrito de Santana.
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Por JONHWENE SILVA

Os moradores do Matapi Mirim, comunidade ribeirinha do município de Santana, a 17 km de Macapá, tiveram uma madrugada nada tranquila – como costuma ser por lá – nesta quarta-feira (7).

Desde a meia-noite ficaram sem energia elétrica, só restabelecida no começo desta tarde, eles passaram uma série de transtornos.

A dona de casa Antônia Santos tem uma filha de 2 anos e conta que a bebê chorou bastante, principalmente, pelo calor.

“A gente não esperava que ia demorar. Daí, ficamos tranquilos esperando voltar a energia, até porque tenho uma filhinha que dorme com ventilador. Como não tinha energia, ficou chorando bastante e aí eu tive que ficar abanando ela, até ela dormir. Estava muito quente essa noite passada”, disse.

Desde a meia-noite ficaram sem energia elétrica, só restabelecida no começo desta tarde, eles passaram uma série de transtornos

Mas, a escuridão na madruga e o calor na manhã foram os menores problemas. Pegos de surpresa, a maior aflição era quanto ao armazenamento de alimentos, como açaí e pescado.

Os prejuízos causaram indignação. O autônomo Flávio de Almeida, conta que também imaginava que a falta de energia não iria demorar. Porém, passadas mais de duas horas, começou a se preocupar e desde então não conseguiu mais dormir. O receio era em virtude do acondicionamento de alimentos, frangos e peixes, que estavam sendo conservados na geladeira.

A explosão de um equipamento na rede de distribuição teria causado o problema

“Desde a meia-noite, a energia foi embora e a única justificativa é que estourou um transformador próximo do Matapi Mirim que ocasionou a falta de energia. O que não dá para entender é porque tanto tempo? Informamos por meio do telefone da concessionária de energia e demoraram todo esse tempo para a energia voltar. Imagina os prejuízos com alimentos que tivemos, com o calor e tantos outros problemas. É muito complicado”, reclamou.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da concessionária CEA Equatorial, para saber o que realmente teria acontecido, mas não houve resposta.

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