Facção tinha ‘chefe de recursos humanos’ e até cláusula de morte

Força Tarefa cumpre mandados para investigar membros de uma organização criminosa no Amapá.
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Da REDAÇÃO

Uma investigação conduzida pela Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá revelou o nível de organização de uma facção criminosa que tinha até contratos de adesão e punições – severas – pré-estabelecidas em caso de descumprimento do regimento interno.

Nesta manhã de terça-feira (4), a Força Tarefa cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva no Iapen, Bairros Congós e Provedor ll, nos municípios de Macapá e Santana, respectivamente.

A ação foi chamada de Operação Rebeldia, que identificou um grupo virtual em aplicativo de mensagens, sendo uma célula dentro da organização criminosa, com o intuito de auxiliar a tomada de decisões, colaborando para a manutenção de um estado paralelo nas áreas de domínio da facção.

Entre os investigados, um homem em regime domiciliar por furto qualificado exerceu um papel crucial como ‘chefe de recursos humanos’ do crime, encarregado de registrar novos membros na facção.

No entanto, o que mais chamou a atenção foi a existência de uma cláusula peculiar em um formulário de ‘batismo’ utilizado pela organização criminosa. Nessa cláusula, era estipulada a pena de morte em casos considerados como traição, que buscava garantir lealdade absoluta entre os membros.

Força Tarefa cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva

Além disso, a investigação identificou duas lideranças que, mesmo estando detidas no IAPEN, permaneceram a dar ordens e autorizaram para a prática de crimes violentos nos bairros da capital. Essas lideranças também exercem influência em outros municípios do estado, indicando possíveis líderes locais.

Em um dos setores sob o domínio da facção, a Força Tarefa descobriu um caso em que um dos investigados deu ordens para punir civis que supostamente infringiam as regras impostas pela organização criminosa na área de atuação.

Os investigados poderão responder pelo crime de integrar organização criminosa. Em caso de condenação, as penas podem chegar até 8 anos de reclusão, mais pagamento de multa. Fazem parte da Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) a Polícia Federal, PRF, PM, PC, IAPEN e SEJUSP. A ação de hoje contou com o apoio do 4º Batalhão da PM.

Seles Nafes
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