Paralisia cerebral: menina de 3 anos precisa ir até o Piauí para cirurgia de risco

O tratamento é considerado delicado e só possui três especialistas no país.
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Por IAGO FONSECA

A família da pequena Isadora, que completa 4 anos no próximo dia 17, busca apoio para arrecadar recursos e realizar duas cirurgias complexas, que são feitas fora do Amapá. Ela possui paralisia cerebral diparética do tipo espástica, que impede o desenvolvimento da função motora na região inferior, abaixo dos quadris. A família mora na zona norte de Macapá.

Os pais, Martha Deborah e Herley Sousa, iniciaram a campanha de arrecadação “#TodosPorIsadora” em março deste ano, após participarem do projeto “Rizo Movement” em Belém, no Pará. Lá, descobriram que existe o procedimento que pode mudar a vida de Isadora, após avaliação por equipe multidisciplinar.

“Esse ano a gente conseguiu chegar a um dos três especialistas que tem no Brasil em uma consulta gratuita com o neurocirurgião pediátrico em Belém”, conta a mãe.

As duas cirurgias são consideradas delicadas e de urgência, já que quanto mais tempo passa maior é a dificuldade da recuperação por terapia. Um dos procedimentos, a Rizotomia Dorsal Seletiva, é uma cirurgia delicada realizada na coluna para tirar a rigidez do músculo, evitando dor e deformidade.

Quarta internação da Isa desde seu nascimento e exatamente um ano depois da última que foi muito grave. Foto: Divulgação Instagram/Coutinho_deborah

Ao contrário de outras crianças, Isadora passa a maior parte do tempo…

… sentada, pois não consegue permanecer de pé por muito tempo

Já a cirurgia ortopédica vai evitar o encurtamento do tendão dos pés de Isadora, que pisa “como uma bailarina” na ponta dos pés no lado direito por conta da paralisia, segundo a mãe.

“A cirurgia é de alto custo. Íamos tentar via estado, mas não chegamos a formalizar o pedido porque descobrimos que não há pactuação aqui para o serviço que faz o procedimento no piauí”, revela Martha, que contou sobre a situação da filha.

As duas cirurgias estão previstas para 11 de agosto e serão feitas ao mesmo tempo, em Teresina, no Piauí. A recuperação, acompanhamento e fisioterapia serão de 45 dias.

Além das cirurgias, será necessário adquirir para Isadora uma nova órtese, tipo de bota reforçada que auxilia na estabilidade e evita o encurtamento dos pés. A família estima que o custo total, incluindo honorários médicos, reabilitação e estadia, devem chegar a R$ 120 mil.

Apesar das dificuldades, ela é uma menina que busca alegria nas brincadeiras

“Ela nasceu prematura de 32 semanas, foi diagnosticada com 1 ano e dois meses. (…) É muito carinhosa, determinada, brincalhona, faz imitação”, conta a mãe. Em vídeo, Martha agradece o apoio em qualquer valor ou serviço. “Vamos com fé que a gente vai conseguir esse objetivo, que é a cirurgia da minha filha”, declara.

Para receber doações, a família divulgou a chave Pix (96) 99143-9457 (Martha Aguiar). No site www.todosporisadora.com é possível adquirir uma obra do artista Romero Brito, doada aos pais de Isadora para custear parte das despesas.

Seles Nafes
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