Estado envia dessalinizador para testes no Bailique

Medida faz parte das alternativas para amenizar as dificuldades enfrentadas pelas famílias devido à salinização das águas dos rios que banham as ilhas.
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Da REDAÇÃO

A primeira alternativa concreta para enfrentar o problema de falta de água potável do Bailique chegou ao arquipélago neste domingo (6). É uma máquina dessalinizadora.

Com a capacidade de tratar aproximadamente 1 mil litros de água por hora, o equipamento será avaliado durante um período de cerca de 15 dias na Vila Progresso, a maior comunidade do arquipélago. O dispositivo funciona com o auxílio de um gerador de energia, mas também pode ser adaptado para funcionar com energia solar.

O responsável pelo desenvolvimento da máquina, Wester Araújo, explicou o funcionamento como um salinizador compacto e de operação simples.

Através de um processo que envolve a sucção da água do rio, seguido por tratamentos químicos-físicos nos tanques, o dispositivo separa o sal da água, tornando-a própria para consumo humano. Segundo Wester, a água já passou por análises laboratoriais que confirmaram sua pureza, livre de substâncias e organismos prejudiciais”, ressaltou.

O dispositivo funciona com o auxílio de um gerador de energia, mas também pode ser adaptado para funcionar com energia solar

“Estamos buscando várias soluções para aplacar a situação das famílias que sofrem com a falta de água potável no Bailique por causa da salinização do rio. Esse equipamento vai para o arquipélago e vai ficar lá por um período de testagem. Essa máquina é muito similar à que nós vimos no Rio Grande do Norte quando estive lá no mês de junho, justamente em busca de soluções”, detalhou o governador Clécio Luís.

A salinização das águas doces ocorre de forma natural. Desde o fim de 2021, o avanço do fenômeno no Arquipélago sofreu um aumento exponencial, afetando quase a totalidade da região.

O processo é resultado do avanço das águas do Oceano Atlântico sobre o Rio Amazonas – consequência do aquecimento global. Cerca de 13 mil ribeirinhos vivem na região, que é distrito de Macapá.

Caixas d’água

Desde janeiro, o Governo do Amapá já distribuiu cerca de 2,2 mil caixas d’água aos moradores do distrito. Os reservatórios são utilizados como sistemas individuais de captação da água da chuva. As famílias também receberam hipoclorito de sódio para tratamento da água.

Seles Nafes
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