Família tenta trazer corpos de amapaenses mortos na Guiana Francesa

Irmãos foram mortos em garimpo na Guiana Francesa, na fronteira em Oiapoque, a 600 km de Macapá.
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Por IAGO FONSECA

Um casal de irmãos amapaenses e outros oito brasileiros foram mortos na segunda-feira (21) em um garimpo ilegal na Guiana Francesa por uma facção. A família de Selma e Zaquel Gomes, de 39 e 32 anos, respectivamente, iniciou uma campanha virtual para arrecadar os recursos necessários e fazer o translado dos corpos até Macapá.

O crime ocorreu em uma área conhecida como ‘garimpo internacional’, especificamente num lugar chamado ‘Garimpinho’, isto do lado francês da fronteira, com o município de Oiapoque, no extremo norte do Amapá.

Segundo informações apuradas pelo Portal SN.com, outras 8 pessoas, ainda não identificadas, também foram mortas durante a ação criminosa. As vítimas seriam todas brasileiras.

Natural de Bagre, no Pará, a família Gomes Camarão cresceu em Macapá. Dispostos a buscar melhoras na vida, Selma convidou o irmão Zaquel para tentar a sorte na Guiana Francesa, com a venda de cigarros e bebidas em garimpo.

Imagem dos irmãos no Garimpinho

Selma tinha um relacionamento com um segurança do grupo criminoso, conhecido como ‘Bené’.

“Ele era enrolado. A facção descobriu que ele chegou lá e iniciaram uma caça”, revelou a irmã das vítimas, Adriana Gomes.

O trio viajou para Oiapoque há três semanas e havia entrado para o garimpo há cerca dê cinco dias, quando Zaquel falou pela última vez com a esposa. ‘Bené’ escapou, mas os criminosos assassinaram os irmãos por vingança, segundo Adriana.

Diante da dificuldade na recuperação dos corpos, em terras internacionais, a família iniciou uma campanha para arrecadar R$ 60 mil, valor do translado para Macapá. Selma deixou dois filhos, de 22 e 23 anos, já Zaquel deixou filhos de 6, 9 e 14 anos. O Pix para doações de qualquer valor é 96984145658 (Adriana Gomes Camarão).

“Quando matam para lá enterram logo. Tentam esconder e o trabalho da polícia fica difícil. Muitas pessoas vão pra lá tentar a vida”, conta a irmã.

A reportagem tentou contato com a Superintendência Regional da Polícia Federal no Amapá em busca de informações, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.

Seles Nafes
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