Por SELES NAFES
O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ontem (22) algo que especialistas já vem afirmando há muito tempo: a área visada pela Petrobras é bem distante da foz do Rio Amazonas. Foi durante encontro com o senador Lucas Barreto (AP), vice-líder do PSD no Senado.
A “grande imprensa” e setores do próprio governo federal, que são contrários à atividade petrolífera na região, divulgam com equívoco intencional que a exploração se dará exatamente na foz do Rio Amazonas.
Na verdade, a Petrobras, que já teve a licença ambiental negada duas vezes pelo Ibama, pretende perfurar um poço de pesquisa a 550 km da foz, na costa do Amapá, e a 2,8 mil metros de profundidade em águas oceânicas.
“É importante dizer: a 500 km da foz do Amazonas, portanto numa região extremamente segura e importantíssimo nós termos para desenvolver emprego, renda e oportunidade para o povo do Amapá. Vamos ter novidade. Vamos vencer a questão”, disse o ministro ao lado do senador.
O vice-líder do PSD voltou a dizer que a exploração do petróleo tem unidade os três senadores do Amapá, citando Randolfe Rodrigues (sem partido) e Davi Alcolumbre (UB).
Ontem, a Advocacia Geral da União (AGU) informou ao MME que não é necessário um estudo ambiental preliminar para que a licença de pesquisa seja concedida, como afirma o Ibama.
A direção do instituto reconheceu que o estudo preliminar não é obrigatório, mas alega que precisa de “robustez” nas informações da Petrobras.