Por SELES NAFES
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva disse nesta quarta-feira (9) que o Ibama vai analisar “com isenção” o novo pedido de licenciamento ambiental da Petrobrás para pesquisar a existência de petróleo na costa do Amapá. Foi durante a Cúpula da Amazônia, que reúne em Belém (PA) os países sul americanos que compartilham a mesma floresta.
Segundo ela, os técnicos do Ministério do Meio Ambiente não facilitam, e nem dificultam a aprovação de qualquer licenciamento ambiental com viés econômico.
Ela alegou que 11 técnicos do Ibama julgaram ser insuficiente todos os dados apresentados pela Petrobrás para assegurar a integridade ambiental na região onde a empresa quer perfurar.
Ela, equivocadamente, identificou o local como sendo a foz do Rio Amazonas, uma informação tecnicamente distorcida e que tem sido replicada incansavelmente por correntes ideológicas do governo e pela imprensa nacional contrária à exploração.
“Trata-se da exploração da Margem Equatorial, na foz do Rio Amazonas, numa área muito sensível, e que precisa de todo o cuidado. O Ibama negou, e a Petrobrás apresentou novamente. O Ibama vai reanalisar com toda isenção e dar seu veredito”, comentou.
Na verdade, a Petrobrás pretende perfurar um poço a 2,8 mil metros de profundidade e a 550 km de distância da foz do Rio Amazonas, já em alto mar e em águas ultra profundas.
Em maio deste ano, o Ibama negou o licenciamento ambiental ao Ibama alegando insegurança para a operação. A negativa abriu uma crise entre o senador Randolfe Rodrigues, que deixou o partido de Marina, a Rede Sustentabilidade. O governador Clécio classificou a rejeição do Ibama como “desonestidade intelectual”.
“Como senador da República, continuaremos atuando firmemente, com todas as esferas do poder central, para viabilizar a condição de conhecermos as nossas riquezas, de podermos explorar, dentro de todos os melhores padrões internacionais, do ponto de vista ambiental, essas riquezas e dar para os amapaenses, para o Amapá e para o Brasil a condição de desenvolvermos uma região tão rica, que é a região amazônica”, Davi Alcolumbre.