Por IAGO FONSECA
“É muito importante para mostrar para eles que são capazes de fazer tudo que eles querem”. Foi com esse pensamento que Débora Moura, de 38 anos, levou a filha paratleta Ana Paula, de 14 anos, para o primeiro ‘Paradão da Inclusão’, que ocorre no complexo esportivo Glicério de Souza Marques nesta quinta-feira (21), no centro de Macapá.
O evento promove a inclusão social e bem-estar para pessoas com deficiência em um dia de esporte, arte e lazer, em comemoração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Na ocasião, também foi ofertada a vacinação contra a covid-19.
Paratleta há dois anos, Ana é uma adolescente sorridente e com muita disposição. Ela nasceu com Mielomeningocele e Hidrocefalia, condições que não impediram que ela ganhasse 12 medalhas, entre ouro e bronze, nas modalidades do atletismo como lançamento de dardos, peso e disco.
“Muitas vezes as pessoas que se dizem ‘normais’ comentam que não dá para participar, fazer as brincadeiras, mas dá sim. Com adaptação sempre dá”, comentou a mãe.
Para o atleta olímpico e campeão mundial de taekwondo, Venilton Teixeira, de 28 anos, o fomento do esporte com inclusão motiva as pessoas e influencia principalmente na saúde.
“Às vezes, não fazem o esporte por medo e isso as motiva para dar um pontapé na carreira de esporte, vale a pena para a saúde e bem-estar delas”, declarou o atleta.
Além do taekwondo, o judô, basquete, vôlei e capoeira também tiveram espaço na programação. No fim da tarde, a piscina será liberada.
Todos que se inscreveram previamente foram atendidos pelas atividades, mas o evento é aberto ao público. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), para sensibilizar a população sobre a importância da acessibilidade e respeito.
“Queremos através do esporte disponibilizar uma ação para que elas se divirtam, socializem e aprendam sobre o próprio corpo e da capacidade do que podem fazer”, comentou Luiz Antônio Silva, coordenador de esportes paralímpicos do município.
O primeiro Paradão é um projeto piloto entre as secretarias municipais de esporte e lazer, educação e direitos humanos. A programação conta com a participação da Federação de Paradesporto do Amapá, associações e escolas municipais.
“É um momento de muita importância por gerarmos memórias efetivas aos profissionais, às crianças e adolescentes”, concluiu o secretário Municipal de Esporte e Lazer, Bruno Igreja.