1ª licença da Petrobras na Margem Equatorial aumenta expectativa do AP

Instituto autorizou a perfuração de poços no Rio Grande do Norte, na mesma faixa que inclui a costa do Amapá, onde a licença foi negada em maio
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Por SELES NAFES

A emissão da primeira licença para a Petrobras perfurar poços na Margem Equatorial encheu de esperanças quem acompanha esse processo no Amapá. A expectativa é de que a próxima licença a ser concedida seja para a perfuração na costa amapaense, onde a estatal já teve pedido negado.

Na última sexta-feira (29), o Ibama emitiu a primeira licença ambiental para a empresa pesquisar petróleo na Margem Equatorial brasileira, área paralela à Linha do Equador entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Neste caso, a autorização foi dada para a Petrobras pesquisar possíveis reservas de petróleo e gás na Bacia Potiguar (RN).

“A liberação pelo Ibama da primeira licença de pesquisa para exploração de petróleo na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, incluída na chamada Margem Equatorial, nos enche de esperança de que a mesma decisão seja tomada em breve em relação ao Amapá”, avaliou o ministro da Integração e ex-governador do Amapá, Waldez Góes (PDT).

Em maio deste ano, o Ibama negou a licença por considerar que faltavam estudos mais amplos acerca da segurança da fauna e da flora na Foz do Rio Amazonas, uma área considerada sensível. A estatal, que ingressou com novo pedido, alega que apresentou os estudos exigidos por lei, e informou que o local a ser perfurado fica a quase 600 km da Foz do Rio Amazonas. O Ministério das Minas e Energia também tem ressaltado que a Petrobras possui expertise em segurança operacional.  

Ministro com presidente: nos enche de esperança

Pesquisadores consideram promissora a reserva existente na Margem Equatorial, já que outros países já exploram a Margem Equatorial em seus territórios, como a Guiana.

O tema tem mobilizado a bancada federal, incluindo os três senadores do Amapá, além do governador Clécio Luís (SD), que chegou a criticar o Ibama duramente em maio. Clécio, que também é geógrafo, classificou o argumento do Ibama como “desonestidade intelectual”, referindo-se à verdadeira localização do empreendimento da Petrobras.

A expectativa é de que até o fim do mês o Ibama se posicione sobre o novo pedido da petrolífera estatal. 

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