Assaltante do novo cangaço é morto em confronto com a PM do Amapá

O criminoso foi localizado em uma casa no Bairro São José, na zona norte de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

Um foragido especializado em ações do novo cangaço – modalidade de assalto na qual bandidos fortemente armados roubam bancos e aterrorizam cidades interioranas –, morreu na noite desta sexta-feira (6), por volta de 21h, em confronto com policiais do 2º Batalhão da PM do Amapá e da Companhia de Operações Especiais (COE) do Bope.

Gecivaldo da Silva Teixeira, conhecido como ‘Brô’, de 37 anos, era paraense, faccionado e tinha profundo conhecimento em arrombamento de cofres, com manuseio minucioso e preciso de ferramentas usadas para abrir portas blindadas, como maçaricos a gás, de pressão e solda, conforme apurações da polícia.

Na mira das autoridades do Amapá, Pará, Distrito Federal e Goiás, o criminoso foi localizado em uma casa situada na Rua São João, no Bairro São José, na zona norte de Macapá, onde, segundo a polícia, disparou com uma pistola 380 contra militares que tentavam capturá-lo e acabou morto no revide. O óbito foi confirmado no local pelo Samu.

De acordo com o Major Wendel, oficial que estava à frente da ocorrência, a troca de tiros aconteceu após denúncia alertando que indivíduos de outros Estados estariam na capital amapaense, planejando um grande assalto no município de Pedra Branca do Amapari, sob comando de Gecivaldo.

Criminoso foi localizado em uma residência no bairro Loteamento São José

Corpo do assaltante foi removido para exames periciais

As forças de segurança intensificaram as buscas pelo criminoso, que estava foragido do sistema prisional do Pará e, também, com mandado de prisão pelo crime de furto, expedido pela Justiça do Amapá.

“As autoridades receberam informações de várias fontes, incluindo o Bope, a Polícia Militar do Distrito Federal, a Polícia Militar de Goiás e a Polícia Militar do Pará, sobre uma quadrilha do novo cangaço, possivelmente no município de Pereira Branca do Amapari. Um indivíduo chamado Gecivaldo, que tinha histórico desses crimes em Goiás e no Pará e estaria arquitetando roubos aqui, no Amapá, e no dia de hoje conseguimos encontrar o Gecivaldo”.

Gecivaldo era tinha profundo conhecimento em arrombamento de cofres, segundo a polícia

A polícia também descobriu uma chácara no Bairro Parque dos Buritis, onde comparsas arregimentados por Brô estariam se reunindo, mas os suspeitos conseguiram escapar.

Em 2013, Gecivaldo e mais quatro bandidos foram presos pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil do Pará, na cidade de Castanhal (PA), por envolvimento com uma quadrilha de assaltantes de banco que atuava no Norte do país, entre eles, Cláudio Rodrigues, apelidado de bola, Osmidio Cardoso da Silva, o ‘Camarão’, Roberto de Souza Amador, conhecido por Rubens ou ‘Careca’, e Osvaldo Pinheiro Souza, o ‘Ceará’, apontado como líder do bando.

Já em 2019, em Goiânia, o criminoso foi capturado por policiais civis do Grupo Antirroubo, com identidade falsificada e três mandados de prisão oriundos de estados Norte do Brasil.

Major Wendel: polícias do Amapá e de outros estados monitoram os assaltantes do novo cangaço

Novo cangaço

Brô foi o segundo assaltante do movimento novo cangaço a ser morto em confronto com a polícia amapaense. Em fevereiro deste ano, Roberto Antônio da Silva, o Preto, de 48 anos, natural de São João do Ivaí, no Paraná, morreu em confronto com o Bope ao resistir à prisão, em uma casa no bairro Infraero 2, na zona norte de Macapá.

Ele era investigado pela Polícia Federal por assaltos simultâneos a três agências bancárias federais na cidade de Araçatuba, interior do Estado de São Paulo. A PF seguiu os rastros dele por vários estados até achá-lo no Amapá.

As ações criminosas do novo cangaço são ataques de quadrilhas fortemente armadas a agências bancárias. Geralmente são bandos de 20 ou mais criminosos, que fazem moradores de escudo humano, incendeiam carros para fazer bloqueios, atacam batalhões e delegacias e usam explosivos ativados à distância por sensores. Eles também usam drones para monitorar a chegada da polícia.

Seles Nafes
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