Ex-candidatos ao Conselho Tutelar de Santana pedem recontagem de votos ou anulação da eleição

Dos 27 candidatos, 16 protocolaram a denúncia no MPE e Conselho dos Direitos da Criança e Adolescente
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Da REDAÇÃO

Depois de Macapá, ex-candidatos ao Conselho Tutelar de Santana, a segunda cidade mais populosa do Amapá, formalizaram um pedido, nesta quarta-feira (11), pela recontagem dos votos ou a anulação da eleição. Dos 27 que concorreram no pleito, 16 assinaram um documento entregue hoje às autoridades elencando uma série de supostas irregularidades.

No último dia 1° de outubro, em todo o Brasil, a população foi às urnas para a escolha dos conselheiros tutelares. Em Santana, cinco vagas estavam sendo disputadas para o quadriênio 2024/2028.

Os 16 ex-candidatos protocolaram a denúncia no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Santana e no Ministério Público Estadual. Entre as possíveis ilegalidades, eles afirmam que eleitores relataram ter visto que cadernos de votação já haviam sido assinados antes do titular ter votado.  

“Identificamos o despreparo dos mesários, pessoas que foram votar tiveram problemas, pois no caderno de assinatura, os nomes já estavam assinados. Na apuração, a contagem de votos foi manual (isso não passou segurança), candidatos que venceram com uma votação expressiva demais em certas localidades, isso causou desconfiança. Há indícios e provas de que houve distribuição de cestas básicas na véspera da eleição e isso consta provas no processo”, afirmou Cris Nobre, uma das ex-candidatas que se sentiram lesadas.

Entre as condutas apontadas como ilegais, estão: doação, oferta, abuso de poder político-partidário, abuso de poder religioso e aliciamento de eleitores, o que fere o edital. O documento protocolado aponta que não houve fiscalização no dia da eleição nos locais de votação.

Ex-candidata mostra documentos entregue às autoridades

Além de uma nova eleição, os ex-candidatos pedem que José Maria Nogueira de Souza (eleita), Luzia Alba Lima Góes (eleita), Marcia dos Santos Batista (eleita), Charles Pinheiro Batista (eleito), Otacílio Cezar de Oliveira Souza (eleito), Ana Dula Pereira Barros (suplente) e Stelman Pinheiro de Queiroz (suplente), sejam excluídos de um novo processo eleitoral.

“Não houve fiscalização do TRE, do MPE que não estava nas escolas. Então, durante todo o dia de eleição só estavam presentes mesários, comissão eleitoral, fiscais, todos da prefeitura, cargos e contratos. Estamos pedindo a recontagem dos votos e um caso seja necessário, uma nova votação”, finalizou Cris Nobre que representou os candidatos autores da denúncia.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e nem o MP se pronunciaram sobre o documento. Em Macapá, ex-candidatos também ingressaram com representação no MP alegando que o processo foi fraudado.

Seles Nafes
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