Expofeira: negócios batem meio bilhão; GEA estuda ocupação permanente do parque

Valor corresponde a 8% do investimento público no evento
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Por IAGO FONSECA

A preparação, realização e conclusão da 52ª Expofeira Agropecuária do Amapá geraram cerca de meio bilhão de reais em negociações. Os números foram apresentados pelo governo estadual na manhã desta sexta-feira (20), 12 dias após o encerramento do evento, realizado no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá. Também foram anunciados estudos de ocupação do espaço em períodos fora do evento.

A contabilização considerou negócios gerados no período “pré-feira”, quando mobilizou a construção civil, bem como os 10 dias de evento e negociações pós-feira, acordadas no evento, mas que estimulam mercados externos, de acordo com o vice-governador e economista Teles Jr.

“A Expofeira cumpriu seu papel de dinamizar seus negócios. Ela gerou um efeito multiplicador interno, mas também externo, como mercados de serigrafia, beleza e vestuário. São inúmeros segmentos beneficiados pelo efeito da feira”, declarou o gestor.

Segundo o balanço governamental, as negociações superaram o valor investido na realização da feira, que utilizou de investimento público de R$ 41,6 milhões com as obras permanentes e termo de fomento para manutenção de estandes, segurança e programações culturais, bem como investimento privado de R$ 3,3 milhões.

“Os negócios fechados aqui produziram efeitos já a partir do 11º dia e vão gerar mais até o próximo ano. Cada um real investido tem retorno imediato de R$ 4,25 e de R$ 27 a longo prazo para os empreendedores”, afirmou o governador do Amapá, Clécio Luís (SD).

Negócios

Os setores comerciais mais relevantes, segundo o balanço, foram os imobiliários e agronegócio. Durante a feira, foram liberadas licenças para produção de milho e soja em mais de 4,5 mil hectares no estado, com investimento aproximado de 80 milhões. Bem como R$ 1,3 milhões em pecuária e agricultura familiar.

Uma das empresas que participaram da Expofeira de 2023

O ramo imobiliário, com a construção civil e energias renováveis, fomentou mais de R$ 7 milhões em negócios para o pós-feira.

No setor gastronômico, restaurantes e quiosques alavancaram R$ 10,4 milhões. Já os programas Selo Amapá, Minha Primeira Empresa e Aquário da Inovação reuniram quase R$ 1 milhão em serviços.

Ocupação

As atrações culturais motivaram o aumento dos indicadores de ocupação de hotéis no Amapá, com cerca de 5,7 mil vagas em hotéis e pousadas ocupadas na véspera do show da aparelhagem paraense Carabao, segundo o governo. Durante os 10 dias de evento, cerca de 2,2 milhões de visitantes circularam e consumiram serviços, produtos e entretenimento.

Além disso, segundo dados coletados pelo Departamento Estadual de Trânsito, mais de 390 mil veículos trafegam no perímetro da Rodovia JP entre os bairros Fazendinha e Universidade, em Macapá, sem registro de ocorrências graves.

Pavilhão de negócios. Fotos: Iago Fonseca

… e entretenimento

Clécio e vice Teles Jr: efeito multiplicador

Uso do espaço

Após a Expofeira, o Parque de Exposições da Fazendinha continuará com espaços permanentes para uso em outros momentos do ano, com cessão de espaços para shows, práticas esportivas, convenções e restaurantes, segundo Clécio.

“Estamos montando um sistema para ocupação permanente do parque. Teremos leilões de animais ainda este ano nas várias estruturas reconstruídas. Estamos montando programações para o fim do ano e um calendário para 2024 inteiro”, concluiu o governante.

Seles Nafes
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