Por IAGO FONSECA
A área do entorno dos Centros Pop e Referência de Assistência Social (Cras), no Bairro Perpétuo Socorro, na zona leste de Macapá, receberá intervenção da Prefeitura de Macapá.
O projeto passa por avaliação para definir a utilidade e destinação para a área, segundo o secretário da Zeladoria Urbana de Macapá, Helson Freitas.
“Vamos fechar, colocar um tapume. Estamos em processo de elaboração de um espaço multiuso, estudando a situação de lá”, afirmou o secretário.
A proposta é uma tentativa de solução para um problema recorrente. Alvo de constantes depósitos de lixo e entulho, o local é uma das maiores lixeiras viciadas da cidade.
O Portal SelesNafes.com retrata a situação da região há pelo menos três meses, quando mostrou, inicialmente, a vida de ribeirinhos e feirantes afetados pelo assoreamento do Igarapé das Mulheres, como consequência da lama e lixo transportado pelo canal que inicia ao lado do Cras.
Segundo a Zeladoria Urbana de Macapá, as lixeiras viciadas no bairro são fruto de hábitos reincidentes dos moradores e comerciantes, que contratam mão de obra para retirar entulhos de suas casas sem questionar o destino do rejeito.
Os entulhos acumulados próximos ao canal seguem por cerca de trezentos metros nos arredores de residências da Passagem Santo Agostinho, terminando com a ocupação parcial da Rua Quintino Justo de Almeida.
Na área são depositados rejeitos, em sua maioria, de caroços de açaí, mas é possível observar até pneus, vasos sanitários, sofás e peças de televisão.
Em agosto, outro ponto de acúmulo de entulhos foi removido no bairro vizinho, o Cidade Nova. A Rua Projetada 1, a poucos metros de uma Unidade Básica de Saúde e da orla do rio Amazonas, acumulava restos de construção, caroços de açaí e sobras de açougue.
O problema crônico afeta diretamente a vida das pessoas que circulam pela região, segundo a zeladoria. O crime ambiental, além de contaminar o rio, pode aumentar a proliferação de roedores e insetos, que afetam a saúde humana.
“Precisamos que a população seja consciente, se não mudar a mentalidade, a pessoa que joga lixo vai arrumar outro lugar para colocar”, concluiu o secretário.