“A gente pensa que vai morrer”, relata moradora após incêndio

Por CAROLINA MACHADO

Desolada, a professora de educação física Rosane Maciel, que teve a propriedade atingida por um incêndio, nesta segunda-feira (13), foi consolada por familiares e vizinhos quando retornou ao local após receber atendimento médico no Hospital de Emergência de Macapá.

Ela e outras duas pessoas que estavam na casa ficaram em observação médica por algumas horas após ter inalado muita fumaça.

Ainda um pouco desnorteada sobre como fará para se reerguer, ela relatou à reportagem do Portal SelesNafes.com os momentos de desespero vividos na residência dela, na avenida Pedro Américo, no Bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá.

Rosane mora na casa que fica nos altos. Ela lembra que, quando as chamas iniciaram, por volta de 9h07, repousava no seu quarto. A professora acordou por conta da fumaça.

Fogo alcançou duas residências…

… e três estabelecimentos comerciais …

… que tiveram que ser evacuados às pressas. Fotos: Carolina Machado/SN.com

“Senti o cheiro da fumaça, acordei, desci as escadas e vi que o fogo estava tomando conta da casa. Tinham umas crianças dentro e eu tentei arrombar a porta. Nesse momento, tentei sair pelo portão da frente, mas demorei 1 minuto e 15 segundos para abrir o cadeado. Num momento como esse, a gente pensa que vai morrer. Então subi as escadas novamente e vi o fogo chegando. Se chegasse, a gente ia pular de lá de cima”, detalhou. 

O terreno onde aconteceu o sinistro é composto de duas residências e três estabelecimentos comerciais. O fogo iniciou na residência que fica aos fundos, que teve perda total. A professora diz não ter ideia das causas.

No local onde tudo começou, estavam duas crianças e uma babá, que não se feriram. Já os dois estabelecimentos tiveram perda parcial. A professora relata, ainda, que enquanto uma das empreendedoras tentava salvar seus produtos uma parte da população se aproveitou da situação para saquear.

Empreendedores conferem prejuízos e conversam como farão para recomeçar

“Infelizmente uma parte da população se aproveitou da desgraça e levou alguns perfumes que estavam sendo retirados do estabelecimento na tentativa de serem salvos. Agora é tentar se reerguer”.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve durante a tarde fazendo a perícia no local. Na ocasião, os militares informaram que não podiam se pronunciar sobre o assunto.