Ainda ameaçados de extinção, quelônios são soltos no interior do Amapá

Ação do Ibama ocorreu na área rural do município de Pracuúba, a 276 km de Macapá.
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Por JONHWENE SILVA

Com o propósito de aprimorar a reprodução das espécies da fauna brasileira, o Ibama do Amapá promoveu, nesta quinta-feira (21), a libertação de aproximadamente 4,5 mil quelônios. A soltura ocorreu no Lago da Ilha da Ponta, situado a 276 km de Macapá, no município de Pracuúba.

A ação faz parte do Projeto Quelônios da Amazônia (PQA), há mais de duas décadas na região norte. Em 2022, no mesmo local, o Ibama liberou cerca de 6 mil quelônios. Vale ressaltar que essa espécie figura na lista de animais silvestres ameaçados de extinção no Brasil.

Neste ano, devido à estiagem e às altas temperaturas entre setembro e dezembro, período de reprodução dos quelônios, cerca de 4 mil ovos foram expostos a condições climáticas adversas nas margens do lago, resultando na ausência de reprodução. Por isto, a meta de soltar mais 11 mil quelônios não pôde ser atingida. Bernardino Nogueira, superintendente do Ibama no Amapá, lamentou.

Soltura ocorreu no …

… Lago da Ilha da Ponta, em Pracuúba. Fotos: Jonhwene Silva

4,5 mil quelônios foram libertados na natureza

“Realizamos a ação novamente este ano. Tínhamos a expectativa de aumentar a soltura em relação ao ano passado, mas não foi possível. A seca e o calor resultaram na perda de milhares de ovos.”

A soltura contou com a presença de técnicos do Ibama e estudantes de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O acadêmico de Ciências Ambientais, Lorran Soares, destacou a importância de acompanhar a iniciativa.

“Além de contribuir para a fauna brasileira, essa ação enriquece meu currículo. É triste saber que perdemos mais de cinco mil ovos devido à estiagem e ao calor”, pontuou.

Estudantes universitários participaram da ação

Animais ainda estão ameaçados

Bernardino Nogueira, duperintendente do Ibama Amapá acompanhou a ação

Quelônios tiveram que sobreviver à estiagem

Caio Santos, técnico ambiental, enfatizou a necessidade do engajamento de todos para promover a conscientização. Ele ressaltou que, além das condições climáticas adversas, a ação humana, que caça os quelônios quando ainda são muito jovens, contribui para a ameaça de extinção da espécie.

“É preciso que haja algum movimento para chamar a atenção da sociedade. O quelônio além de enfrentar os predadores naturais, ainda enfrenta a ação de caçadores. Isso é triste, mas existe”, finalizou.

Seles Nafes
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