Por IAGO FONSECA
Pessoas dispostas a acolherem em seus lares crianças protegidas pelo Estado durante as festas de fim de ano já podem se inscrever para o ‘Apadrinhamento Natalino’ deste ano. O programa oportuniza a convivência familiar e as experiências do período festivo aos menores de 20 de dezembro a 7 de janeiro.
São mais de 20 crianças entre 2 a 12 anos, sob proteção do Estado, que aguardam pela companhia solidária. O processo é intermediado pelo abrigo Ciã Katuá e pelo Tribunal de Justiça do Amapá, que fazem a avaliação documental e criminal dos candidatos a padrinhos.
“Esse apadrinhamento já é uma modalidade que ocorre de janeiro a dezembro no abrigo. As pessoas podem pegar essas crianças para que elas participem desse núcleo efetivo familiar. A criança vai para esse lar onde a família vai receber afetividade, carinho e atenção para quem ela seja inserida nesse contexto familiar e não perca esse vínculo de família”, explicou Ezenilda Amaral, coordenadora do Abrigo Ciã Katuá.
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Casa Ciã Katuá abriga crianças entre 2 a 12 anos
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Quezia Cordeiro: “É muito importante que a sociedade se sensibilize”
Diferente da adoção, as crianças apadrinhadas temporariamente permanecem sob tutela do estado, enquanto as medidas protetivas são tramitadas no Juizado da Infância e Juventude.
“É muito importante que a sociedade se sensibilize. Vai favorecer crianças que estão em situação de acolhimento e que não tem referências de família, de cuidado e proteção, que vivenciam situações de violações de direitos. Muitas vezes essa família passará a ser uma referência, passará uma outra imagem do que é uma família para essa criança”, reforçou a assistente social Quézia Cordeiro, do Juizado da Infância e Juventude de Macapá.
As famílias interessadas não necessitam se direcionar ao juizado, o apadrinhamento é feito diretamente com o abrigo até o domingo (17) pelo telefone 99167-0223 ou diretamente na Rua Ernestino Borges, 1362, no Bairro Jesus de Nazaré, zona central de Macapá, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Os candidatos devem apresentar RG, CPF, comprovante de residência e certidões de antecedentes criminais.
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Crianças sob a proteção do estado …
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… aguardam padrinhos e madrinhas para passarem o natal em família
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Ezenilda Amaral, coordenadora do Abrigo Ciã Katuá
“Essas crianças têm família, não estão disponíveis para adoção, apenas estão sob a proteção do Estado. Elas passam só esse período [festas de fim de ano] e retornam. Tudo isso é muito importante pra eles. O Natal reflete a emoção, a comunhão e união familiar, elas se sentirão agradecidas por saírem do abrigo neste período”, concluiu a coordenadora do abrigo.
Além do convívio afetivo temporário, os padrinhos também podem doar materiais escolares, roupas, alimentos e brinquedos para as crianças.