Por SELES NAFES
Um soldado e quatro oficiais da Polícia Militar do Amapá estão sendo processados pelo Ministério Público, acusados de agressão física (no caso do soldado) e omissão (os oficiais). De acordo com a denúncia, uma policial foi agredida duas vezes com tapas no rosto, durante um curso de formação de um batalhão de elite da PM.
O crime teria ocorrido no dia 17 de junho de 2022, durante o IV curso da Força Tática. Os alunos participavam de um exercício no Bairro da Fazendinha, em Macapá, quando uma das policiais sofreu um tapa no rosto.
A agressão teria sido desferida por um soldado instrutor. Segundo o processo, a policial relatou que procurou o soldado para dizer que tinha percebido que estava sendo submetida a “tratamento distinto dos demais militares, incluindo exercício mais intensos”.
A policial afirma que ouviu como resposta que ela só continuava no curso por ser esposa de um capitão da PM.
Em seguida, todos os alunos foram vendados e receberam ordens para deitar no chão. Foi quando a soldado levou o segundo tapa no rosto.
Ao perceber que um dos dentes estava quebrado, ela procurou um oficial e foi levada para a ambulância que dava suporte ao curso, onde ela foi atendida e depois levada ao Hospital de Emergência com uma luxação na mandíbula.
A soldado também foi submetida a exame de corpo de delito, e decidiu levar o caso ao Ministério Público alegando que nenhuma providência foi tomada pelos oficiais para disciplinar o instrutor que a agrediu.
Estão incluídos na denúncia, assinada pelo promotor Thiago Diniz, um tenente-coronel, um major, um capitão e o soldado agressor. Também estão arroladas cinco testemunhas da vítima, incluindo soldados e oficiais.
A denúncia ainda não foi aceita pela justiça.
O Portal SN procurou a assessoria de comunicação social da Polícia Militar do Amapá, e aguarda retorno.