Aldeias com roças devastadas por fungo recebem ‘sementes’ melhoradas

Técnicos do Rurap e da Funai estão entregando novas sementes para serem mais resistentes à praga
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Por HUMBERTO BAÍA, de Oiapoque

Depois da crise fito sanitária e da grande estiagem que afetou grandemente as roças de mandioca no Norte do Amapá, técnicos do Instituto de Extensão e Desenvolvimento Rural do Estado (SDR), Funai e Conselho de Cacique dos Povos Indígenas (CCPIO) estão entregando as primeiras “sementes” melhoradas nas aldeias indígenas no município de Oiapoque, no rio Urukauá.

O esforço conjunto tem como objetivo amenizar a falta de sementes na região, gerada pela perda das roças, o que também suspendeu a produção de farinha no início de 2023. O governo do Estado já enviou dezenas de toneladas de alimentos para apoiar famílias da região.

Em Oiapoque, praticamente todas as roças de mandioca foram dizimadas pela praga “fusario”, fungo que elimina a parte aérea da planta e causando o baixo rendimento na hora da colheita, tornando inviável o plantio.

Essa praga foi identificada há quase 10 anos por técnicos do Rurap, que constataram anormalidades na cultura da mandioca.

Aldeias indígenas são as maiores produtoras de farinha da região. Fotos: Humberto Baía

Praga afeta parte aérea das plantas

Técnicos da Funai e do Rurap estão fazendo a entrega

Na área afetada pelo fungo é preciso eliminar toda a plantação e “descansar” a terra por um longo período, de até 5 a 10 anos.

As mudas de mandioca serão entregues na aldeia Kumenê, de onde seguirão para outras comunidades no entorno.

Seles Nafes
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