Por IAGO FONSECA
Novos postes em áreas de ressaca, distribuição de kits solares, proteção da rede e de árvores, bem como uma nova subestação de energia estão nos planos de investimentos para melhoria da rede elétrica no Amapá pelo Grupo Equatorial em 2024.
O anúncio foi feito durante encontro com veículos de imprensa para apresentar balanços de investimentos no Amapá, na manhã desta quinta-feira (11). Segundo Augusto Dantas, diretor da CEA Equatorial, os investimentos já realizados pela empresa já impediram que o estado sofresse um novo apagão diante da antiga capacidade de transmissão.
“Em 2021 tínhamos sobrecarga de 30 a 40% na rede, havia um risco de novo apagão, dessa vez pela CEA. Entregamos reforços na rede e hoje saímos da sobrecarga para 60%. Temos energia suficiente para suprir o estado”, afirmou o diretor.
A empresa anunciou a construção da subestação Forte Cumaú, no Bairro Hospitalidade em Santana, para suprir a necessidade do município. Também está no planejamento a realização de aproximadamente 20 mil podas e serviços de envelopamento da rede, para que não seja necessário derrubar as árvores.
“Você tem que conviver com essas árvores, não faz sentido a gente ficar tirando árvores, a gente vai avançar agora no cinturão verde, que é você isolar a rede seja ela de média ou de baixa atenção, próximas a essas árvores. Estamos buscando um sistema revolucionário de iluminação para que a gente faça esse serviço à noite, evitando o transtorno do trânsito durante o dia”, completou.
A Equatorial planeja, também, a instalação de novos postes em áreas de ressaca para 12 mil famílias pelo projeto Pontes para o Futuro e a distribuição de kits de energia solar para a comunidade do Sucuriju, no norte do Amapá. Em Laranjal do Jari já foram distribuídos 1,8 mil kits para a população ribeirinha.
Investimentos
Durante o balanço, o Grupo Equatorial destacou que ampliou a distribuição de energia com 7 novos alimentadores nas subestações Santa Rita e São José em Macapá, bem como as instalações de novas subestações nas regiões de Cupixi, Porto Grande, Inajá e Laranjal do Jari. Além disso, a companhia colocou em uso a 1ª subestação móvel do Amapá para ações operacionais sem interrupção do fornecimento de energia.
Reajuste tarifário
A empresa também se posicionou sobre a anulação feita pela Justiça Federal do reajuste de 36,08% da tarifa de energia elétrica no Amapá, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2022. De acordo com a diretoria, a definição do reajuste não tem participação da distribuidora, que recebe somente 27% do valor que compõe uma fatura.
“Estamos aguardando a publicação da medida provisória para verificar como vai ficar o reajuste que estava previsto para o final de 2023. Procuramos o Ministério de Minas e Energia e a Aneel desde o início do ano passado dizendo ‘olha, existe um impacto muito forte para o consumidor’, mas são itens que não dependem do Grupo Equatorial para serem feitos, porque numa conta de R$ 100, fica com a CEA só R$ 27, os demais são impostos, encargos, custo da energia e geração”, explicou o diretor.
Em nota, a CEA Equatorial afirmou que a sentença não tem aplicabilidade por ainda caber recurso das partes envolvidas no processo. Além disso, reafirmou que o reajuste tarifário não possui participação da distribuidora e que o processo segue normas da Agência Nacional de Energia Elétrica.
Confira a íntegra da nota
“A CEA Equatorial esclarece que a sentença no processo judicial que questiona o reajuste tarifário de 2022 no Amapá não tem aplicabilidade, pois está passível de recurso processual da União, da Aneel e a pela própria CEA Equatorial, que são as partes constante no processo.
A distribuidora reforça que a distribuição de energia é um serviço público regulado e temas como revisão e reajuste tarifário são definidos pelo agente regulador e não há participação direta das distribuidoras nas tratativas referentes a estes processos”.