A impressionante Muralha da Amazônia

Jornalista Marco Antônio P. Costa mostra uma maravilha que só existe na nossa região
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Os baobás africanos, as sequoias da América do Norte e as nossas samaúmas, sempre permearam minhas memórias de futuro não vividos e de botânico por admiração. É que seres vivos tão importantes, grandes, majestosos e que vivem por mais de mil anos, tem que realmente ter algo de especial.

Este é o caso da “A Muralha” ou a “Muralha da Amazônia”, uma impressionante Samaúma que fica localizada no município de Afuá (PA), cidade paraense bem mais próxima de Macapá, no Amapá, estado com que a “Veneza Marajoara” tem bem mais relação histórica e real no dia-a-dia. Não falta quem ache, aliás, que essa parte do extremo oeste do Marajó deveria ser, na verdade, incorporada ao Amapá, mas isso é outra história…

Finalmente conheci a Muralha. Ainda que seja neto e filho de afuaenses, quando criança a samauma gigante ainda não tinha sido “descoberta” e foi através de um vídeo como este faço agora, que a conheci, quando ainda morava no Rio.

Devo dizer que estou acostumado com muitas promessas em viagens e passeios que prometem muito, mas nunca nada entregou tanto quanto a Muralha.

Confesso que me faltam dados técnicos, mas acredito que ela tem facilmente 60 metros de altura e é secular. Talvez o que mais chame a atenção é que suas raízes são muito expostas e ficaram muito mais altas do que todas as outras samaúmas que já vi.

Acredito que para circundá-la totalmente, caso colocássemos pessoas de mãos dadas em sua volta, precisaríamos de mais de 50 pessoas e taí algo que deu vontade de fazer.

Das contradições da Amazônia, é que a imponente árvore está localizada na área de uma importante serraria, uma madeireira que há 40 anos atua bem na frente da sede da cidade, do outro lado do Rio Piraioara, uma das milhares veias abertas pelo titânico Amazonas. E é assim que é.

Ela está lá. Em Macapá, você pega uma embarcação por R$ 60,00, se hospeda na cidade que não tem motocicletas, nem carros – mas em compensação tem o Bicitáxi! -, e atravessa para conhecer a Muralha, sem pagar nada, e contempla essa incrível árvore, guardiã da floresta, das águas e da Amazônia!

Seles Nafes
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