Ainda sob risco de desabamento, famílias do Aturiá recebem ajuda após temporais

Equipes da assistência social, habitação, saúde e Defesa Civil do Amapá visitaram as famílias nesta segunda-feira (12º).
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Por IAGO FONSECA

Em frente ao rio Amazonas, na orla do Aturiá, famílias receberam equipes da assistência social, habitação, saúde e Defesa Civil do Amapá na manhã desta segunda-feira (12), após fortes chuvas do fim de semana. Ao menos 16 casas estão sob risco de desabar pela força da maré e há famílias em vulnerabilidade alimentar.

É pela Rua Nova Esperança que se tem acesso as casas, construídas em madeira. O local está cheio de troncos de árvores caídas e caroços de açaí utilizados como aterro. Quando a alta do rio chega, os troncos batem na base das frágeis edificações com muita força, relatam moradores.

Há seis anos no lugar, a dona de casa Keila Maria, de 50 anos, chegou quando a maré ainda não alcançava as palafitas. Sobre deixar o lugar, ela tenta manter cautela.

“Hoje a água está destruindo todas as casas, muitas famílias já foram embora, já foram destruídas. Me desfiz do loteamento que eu pagava e vim pra cá, a gente nem tinha pensamento que a água chegasse até aqui, mas não quero tomar decisões precipitadas”, ressalta a moradora.

Segundo a defesa Civil …

… pelo mais de 15 casas …

… correm risco de desabar

Keila Maria: “muitas famílias já foram embora, já foram destruídas”

As famílias mapeadas receberam a oferta de doação de apartamentos dos programas de habitação gerenciados pelo Governo do Amapá, bem como o aluguel social, kits de alimentos e higiene. Entretanto, mesmo com o perigo iminente, eles não querem sair do local.

“Com o impacto da madeira a casa treme muito e começa a estalar, e aí vem o nosso desespero. Nos perguntamos como a gente faz, onde vamos levar nossas coisas, que a gente construiu com tanta dificuldade, tanto sacrifício, na nossa batalha do dia a dia”, conta, apreensiva, a auxiliar de serviços gerais Valdelice Pantoja, de 50 anos, que vive com o marido Jorge há 3 anos na beira do rio.

Caroços de açaí são usados como aterro na tentativa de conter a erosão

Chuvas derrubaram várias árvores e …

… quando a maré sobe os trocos batem …

… nas bases das palafitas …

… causando os riscos de desabamentos. Fotos: Iago Fonseca/SN.com

Valdelice Pantoja vive com o marido Jorge há 3 anos na beira do rio

A Defesa Civil identificou as residências em perigo e remanejou imediatamente uma das famílias, que possui uma idosa. Outros receberam a proposta de sair da área e receberem aluguel social e serem remanejados ao conjunto habitacional Vila das Oliveiras, em construção em outra área do bairro. Além disso, uma escola estadual na Zona Sul de Macapá foi disponibilizada para receber as famílias, em caso de urgência.

“Estamos com o pessoal à disposição para transportar, se a pessoa tiver um local para ir, e também se não tem um local”, reforçou o comandante do Corpo de Bombeiros do Amapá, coronel Alexandre Veríssimo.

Equipes de assistência social …

… de saúde e …

… de órgãos de defesa …

… tentam convencer as famílias em risco a …

… deixarem o local devido ao perigo

Secretária Aline: “Essas famílias serão assistidas pelo programa Acolher Amapá e Amapá Sem Fome”

De acordo com a secretária da Assistência Social, Aline Gurgel, foi feito um parecer com estudo técnico e social das famílias atingidas, para ações imediatas e, posteriormente, outras pessoas da região serão avaliadas para receber auxílio.

“Essas famílias serão assistidas pelo programa Acolher Amapá e Amapá Sem Fome. Elas terão prioridade nos conjuntos habitacionais que estão sendo construídos, serão mantidas com aluguel social porque muitas desejam sair, estão com medo. Hoje trouxemos o kit de alimento, cadastro no Renda Para Viver Melhor, colchões e kit de higiene”.

Seles Nafes
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