Boêmios se reinventa em 2024: ‘queremos nosso povo de volta’

Universidade de Samba já está com 70% das confecções concluídas
Compartilhamentos

Por IAGO FONSECA

A tradicional escola de samba Boêmios do Laguinho quer resgatar o público amante da nação negra nos desfiles na Avenida Ivaldo Veras neste ano. Com 70% das confecções concluídas, a Universidade de Samba homenageia a história do Igarapé das Mulheres, no Bairro Perpétuo Socorro, em Macapá.

Sob mistério, a diretoria de carnaval da Boêmios conta que as 10 alas farão uma viagem singular da região que antes era o Igarapé das Mulheres até se tornar o Bairro Perpétuo Socorro, com referências ecológicas, regionais, musicais e religiosas.

Aderecistas…

… e costureiras preparam fantasias. Fotos: Iago Fonseca/SN

O amor pela escola de samba Boêmios do Laguinho, em Macapá, acompanha a costureira Sula Santos há 20 anos. Apaixonada, Sula participa das produções há dois anos consecutivos, desta vez, como chefe das costureiras.

“É a minha escola de coração, vim ano passado como auxiliar de costura. É assim, por um lado pelo amor e também pelo trabalho. É muito gratificante a gente chegar, montar uma fantasia, uma peça e vermos o nosso suor, a nossa dedicação lá na avenida. Dizem que a Boêmios não é mais a mesma, que está diferente, queremos voltar com o povo, trazer do jovem ao mais velho para dentro da escola”, afirma Sula.

Sula Santos: escola de coração há 20 anos

De acordo com Márcio Santos, coordenador de barracão e ativista cultural, além das festas e competições o carnaval gera emprego e renda para muitas pessoas que vivem pela arte.

“Não só eu, mas a equipe aqui, é apaixonada pelo o que fazemos. Tem muita dedicação, não é só o brilho, não é só o luxo e alegria. O carnaval oportuniza. Aqui dentro e em muitos segmentos da cultura existem muitas pessoas que precisam de oportunidades, até mesmo pra aflorar o seu talento”, completa Márcio.

Márcio Santos: Carnaval gera oportunidades

Por uma hora e vinte minutos, a Associação Universidade de Samba Boêmios do Laguinho homenageia, também, o Bairro Laguinho, com a velha guarda, a diretoria e ala musical, formada por nomes da música amapaense como Aureliano Neck e Silmara Lobato. Na avenida passarão três alegorias, em dois carros e um tripé, cerca de 1,2 mil brincantes e três casais de mestre de sala, de acordo com Ana Camila Lopes, diretora-geral de carnaval.

“Estamos muito confiantes nesse título, é muito sonhado. A última vez que fomos campeões foi em 2014 e este ano queremos fazer a diferença e com muita emoção”, conclui a diretora.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!