Jovem que matou médico é condenado e viúva será indenizada

Ernandi Pereira dos Santos, de 25 anos, teve a pena atenuada e cumprirá 12 anos e 9 meses
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Por SELES NAFES

O conselho de jurados condenou na noite desta terça-feira (27) por homicídio qualificado o jovem que matou um médico durante uma briga generalizada na zona rural de Macapá, em 2022. Ernandi Pereira dos Santos cumprirá 12 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pela morte do médico Jailson Amorim Mariano.

O crime aconteceu no dia 24 de julho no balneário do Lontra da Pedreira. O médico, bastante popular na rede pública de saúde, estava na companhia da esposa e da filha quando iniciou uma confusão.

De acordo com o Ministério Público, Jailson não tinha nada a ver com a briga, e mesmo assim foi agredido com uma paulada na cabeça. Ele chegou a ficar seis dias internado na UTI do Hospital de Clínicas Alberto Lima, seu local de trabalho, mas não resistiu. Ernandi fugiu do local e foi preso um mês depois.

O julgamento começou pela manhã no fórum de Macapá. Eram 20h20 quando o conselho de sentença deu o veredito. A pena foi definida inicialmente pela juíza Lívia Simone Cardoso em 14 anos e três meses de prisão por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Camisa em homenagem ao médico foi usada durante protesto de amigos e parentes após o crime. Foto: Rodrigo Índio/SN

Ernandi Pereira dos Santos estava foragido e foi preso em agosto de 2022. Foto: Olho de Boto/Arquivo SN

Na sentença, ela citou entendimento do STJ de que homicídios cometidos na frente de familiares são mais graves pelos danos psicológicos que provocam. Contudo, como ele confessou o crime, foi necessário reduzir a pena para 12 anos e 9 meses. Ele também foi condenado ao pagamento de uma indenização de R$ 30 mil para a viúva do médico.

Ernandi, que está preso no Iapen, não poderá recorrer em liberdade. Ele ainda não tinha antecedentes criminais.

“Pois os motivos que ensejaram sua prisão preventiva continuam presentes, especialmente a gravidade em concreto do crime, o qual foi cometido na presença de várias pessoas, gerando intranquilidade social”, justificou a magistrada, que também condenou o réu a pagar as custas do processo.

Seles Nafes
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