Visitantes do Startup20 conhecem centros de pesquisa do Amapá

Um dos locais visitados foi o Museu Sacaca, em Macapá.
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Por IAGO FONSECA

Delegações de 19 países visitaram instituições de ensino e pesquisa do Amapá para conhecer os trabalhos e a cultura local, na manhã desta segunda-feira (26), último dia do evento internacional Startup20 sediado no Estado pela primeira vez.

Após os debates de sábado e domingo sobre inovação, tecnologia e sustentabilidade junto aos empreendedores amapaenses, os visitantes foram divididos em grupos e conheceram os trabalhos realizados dentro do Museu Sacaca, sob direção do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

Zinhle Ngidi, fundadora de uma empresa sul-africana focada em energia renovável, conta que está no Amapá há quase uma semana e teve oportunidade de conhecer diversas áreas de produção local. Nesta manhã, a empresária conheceu o Museu Sacaca.

“Nos últimos dois dias aprendemos muito sobre os locais e como eles vivem, a diversidade é muito grande, falamos sobre conferência e os objetivos que o estado tem para os próximos 10 anos, o que espera fazer e desenvolver, e também tratamos com empresas de startup para desenvolver indústrias, mas ainda conseguindo proteger a biodiversidade da Região Amazônica”, explica Zinhle.

No museu, os visitantes conheceram…

… os trabalhos com a castanha …

… e o açaí …

No museu, os visitantes conheceram sobre a vivência ribeirinha, indígena e negra do Amapá. Homens e mulheres demonstraram como é feito o açaí, a extração da castanha e os batuques do Marabaixo.

A indígena Zuleika Henrique dos Santos, da etnia Galibi-Marworno, revela que durante a exposição no Startup20 conseguiu fechar uma negociação para exportar seus produtos para a Guiana Francesa.

A Galibi-Marworno Zuleika fechou uma negociação no Startup20 para exportar produtos indígenas para a Guiana Francesa

“Foi um experimento muito grande para mim, a gente ficou muito feliz porque muitos produtos estão saindo daqui da região do Amapá e indo para outros países e ao mesmo tempo divulgando nosso trabalho. Apresentamos as sementes retiradas da natureza, explicamos para eles como a natureza beneficia a gente, vendendo, ganhando nosso dinheiro e trazendo renda dentro da nossa comunidade”, ressalta Zuleika.

Enquanto alguns grupos visitavam o museu, outros estavam em centros de pesquisas da Universidade Federal do Amapá (Unifap), do Instituto Federal do Amapá (Ifap), Senai e Embrapa. Para Edivan Andrade, secretário da Ciência e Tecnologia do Amapá, as visitas mostram o potencial tecnológico e cultural do Estado.

“Isso mostra o nosso potencial histórico, turístico e cultural à essas delegações, mas também os potenciais de ciência, tecnologia e inovação. Essas visitas também permitem cooperar, colaborar, no sentido de aderçar ainda mais, esse movimento do Estado rumo à inovação em promover negócios verdes, sustentáveis. Esperamos também que a repercussão nacional se transforme em um maior número de visitantes ao Amapá”, reforça o secretário.

Visitantes também conheceram pesquisas amapaenses…

… e os batuques do Marabaixo

Startup20

As delegações estrangeiras que compõem a Cúpula do G20 participaram durante o fim de semana do um encontro sobre inovação e tecnologia. Durante o evento, 40 empresas que possuem o Selo Amapá puderam expor produtos que genuinamente amapaenses aos visitantes.

No encontro representantes da África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia debateram sobre energias renováveis e o potencial das empresas inovadoras – startups – crescerem no Amapá destinado forma sustentável.

O Startup20 é realizado pela Associação Brasileira de Startups, em parceria com o Governo do Estado e o Sebrae.

Seles Nafes
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