Amapá é reconhecido como livre de aftosa sem vacinação

O estado tem o segundo maior rebanho de búfalos do país.
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Por IAGO FONSECA

O Amapá foi reconhecido pelo Governo Federal como um dos estados livre da febre aftosa sem vacinação nesta segunda-feira (25). A certificação permite que os produtores amapaenses possam comercializar carne de bois e búfalos para outros estados brasileiros e outros países.

A portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária reconhece Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal como áreas livres da doença e dispõe sobre proibições de armazenamento e comercialização da vacina.

O documento, assinado pelo ministro Carlos Fávaro, também proíbe a entrada de gados vacinados nos estados reconhecidos. A vacina só poderá ser utilizada mediante autorização da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Para Álvaro Cavalcante, diretor da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), a medida muda consideravelmente o status dos rebanhos criados por pecuaristas amapaenses.

“Agora podemos transitar o rebanho para qualquer estado da federação. Essa mudança de status indica que não temos o vírus circulante, então diminuímos os custos tanto do criador quanto do estado”, reforçou o diretor.

A partir de agora, a vacina só poderá ser utilizada mediante autorização da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária

Ainda segundo o diretor, na terça-feira (26) será realizada uma coleta de sangue no gado de uma propriedade para ser analisada nos laboratórios de Brasília, para então ‘bater o martelo’ sobre a área livre. Álvaro explicou, ainda, o status do animal vacinado ou não indica somente a presença ou ausência da doença e que não altera o produto para o consumidor final.

Atualmente, o Amapá possui o segundo maior rebanho de bubalinos do país, de acordo com o governo do Amapá. De acordo com a Diagro, o Amapá ainda não exporta animais para outros países, mas a certificação torna as negociações mais fáceis, já que alguns países solicitam rebanhos que não tenham registro da doença por pelo menos dez anos.

Seles Nafes
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