Por SELES NAFES
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) aprovou a prestação de contas do ex-promotor de justiça Afonso Guimarães, que tinha sido rejeitada no ano passado em razão de uma série de irregularidades. Ele chegou a ser condenado a devolver R$ 390 mil ao fundo eleitoral, mas conseguiu um novo prazo para apresentar as correções.
O ex-promotor, que atualmente mora em outro estado, ajuizou recurso demonstrando que não teve oportunidade de se defender no processo para apresentar as correções pertinentes na prestação de contas.
Durante a análise em agosto de 2023, o tribunal entendeu que faltavam notas fiscais, comprovação de gastos e comprovantes de devolução de sobras da campanha.
Em manifestação enviada ao Portal SN nesta quinta-feira (21), Afonso Guimarães reforçou o que já havia dito no ano passado sobre não ter sido intimado pela justiça a apresentar as correções. Guimarães disse que não estava em sua casa de Macapá quando o oficial de justiça tentou intimá-lo a apresentar as alterações.
“Em vez de me notificar por e-mail ou WhatsApp, que nunca mudaram, me citaram por edital no Diário Oficial e não fiquei sabendo para apresentar as correções”, explicou ele ao Portal SN.
Ontem (20), depois de acatar recurso e abrir novo prazo, o tribunal analisou as retificações e aprovou por unanimidade a prestação de contas da campanha de Afonso Guimarães, “com ressalvas”.
Com a decisão, o ex-promotor elimina a possibilidade de ficar inelegível para um próximo pleito. Em 2022, ele teve pouco mais de 1,4 mil votos para deputado federal pelo PTB.