Por IAGO FONSECA
A delegada Marina Guimarães, da Delegacia de Crimes Contra a Mulher, assumiu a investigação sobre a ossada humana encontrada dentro de um túmulo no Cemitério São José, em 4 de março, na zona sul de Macapá. A identidade da vítima e possível motivação do crime ainda não foram divulgadas pela Polícia Civil do Amapá.
A suspeita inicial é que os restos mortais pertençam a uma mulher que trabalhava como garota de programa próximo ao local, que está desparecida há meses, porém nem a Polícia Civil ou a Polícia Científica confirmaram para a reportagem se o resultado do exame define a relação entre os casos.
Segundo informações de funcionários do cemitério, o corpo teria sido desovado dentro de um túmulo violado em uma área sem iluminação e coberta por mato. À noite, as calçadas nos arredores do cemitério são utilizadas como ponto de prostituição e consumo de drogas.
Em entrevista ao Portal SelesNafes.com, familiares afirmaram que os ossos poderiam ser de Nalva Cardoso, de 25 anos, desaparecida desde 16 de setembro do ano passado. A irmã, Francieli Cardoso, identificou peças de roupas e sapatos durante a perícia na manhã do dia 4 e que o exame de DNA seria feito no dia seguinte.
Nalva deixou três filhos, de 7, 5 e 3 anos. Ela morava com os pais, que agora cuidam das crianças. A família decidiu não se posicionar mais sobre o caso para preservar a memória e dignidade da vítima.
A ossada foi posicionada no sentido oposto da lápide e a tampa da sepultura foi movida sem danos, de acordo com os funcionários do cemitério. Os funcionários comentaram, ainda que essa peça é bastante pesada e que por isso, seriam necessários mais de dois homens para removê-la.
A reportagem tentou, mas não conseguiu falar com a delegada responsável.