No Amapá, agressores de mulheres entram na mira de operação nacional

As forças de segurança pública atuarão em conjunto com instituições que combatem a violência com estratégias.
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Por IAGO FONSECA

O combate ao feminicídio e a violência contra a mulher é o foco da Operação Átria. A partir desta sexta-feira (1°), o Amapá passa a integrar a operação nacional com busca de suspeitos de crimes contra a mulher em todos os 16 municípios do estado. A ação ocorre em todo o país até 29 de março.

As forças de segurança pública atuarão em conjunto com instituições que combatem a violência com estratégias para identificar e localizar pessoas envolvidas em feminicídio, ameaça, lesão corporal, estupro, importunação, perseguição (o popular stalking) – e de descumprimento de medidas protetivas contra as mulheres.

A operação terá reforço do efetivo das policias Civil e Militar nos municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Tartarugalzinho, Santana e a capital Macapá. Nessas cidades, os índices de violência doméstica são maiores, segundo a Segurança Pública do Amapá.

“O reforço policial vai ser enviado para aqueles municípios que tem o maior índice de violência de gênero, de forma a abranger o maior número de mulheres e homens agressores também, porque muito se fala em vítimas, mas o trabalho também tem que ser feito com esses praticantes de violência, para que isso não continue se repetindo”, explica a delegada Marina Guimarães, titular da Delegacia de Crimes Contra a Mulher.

Delegada Marina: “o trabalho também tem que ser feito com esses praticantes de violência, para que isso não continue se repetindo”. Foto: Iago Fonseca

A operação também irá promover ações preventivas com campanhas educativas, palestras, panfletagem e blitz educativas.

“Queremos abranger o maior número de pessoas para que realmente a gente consiga êxito no enfrentamento à violência doméstica, é dessa forma, de maneira integrada, que a gente consegue fortalecer e mostrar para a mulher qual é o ciclo de proteção que ela pode contar, qual é a frente que está para ajudar ela em caso de violência de gênero”, conclui a delegada.

A Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar do Amapá, irá promover o acolhimento das mulheres durante a operação e atender ocorrências demandadas.

Tenente Waldenice Santos, coordenadora da Patrulha Maria da Penha no Amapá

“Quando não há respeito dentro do lar a gente vai ter esses resultados ruins, que não só reflete na vítima de violência doméstica, mas também reflete nos filhos, nos pais, porque a violência doméstica a gente não atende só entre companheiros, entre casais, mas também temos violência doméstica contra a mãe, contra a irmã, contra a empregada”, reforça a tenente Waldenice Santos, coordenadora da Patrulha Maria da Penha no Amapá.

A operação é coordenada no Brasil pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. No Amapá, a integração entre as forças policiais é feita pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado.

Seles Nafes
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