Centro acolhe familiares de vítimas de feminicídio

Espaço oferta orientação jurídica, psicológica e encaminhamentos para outros serviços de apoio à mulheres.
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Por IAGO FONSECA

Mulheres e familiares, em especial os parentes de vítimas de feminicídio, podem buscar apoio emocional, orientação jurídica e psicológica no Centro de Atendimento às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais. O espaço inaugurado na tarde de quarta-feira (3) é localizado dentro do Centro de Atendimento à Mulher e a Família (Camuf), no Centro de Macapá.

A sala é resultado de um acordo de cooperação técnica firmado em 2023 entre o Governo e o Judiciário para fortalecer direitos e facilitar o acesso aos serviços ofertados pela Rede de Atendimento à Mulher (RAM).

Podem procurar atendimento familiares e vítimas de violência psicológica, patrimonial, moral e obstétrica. O acordo inclui além dos atendimentos a revitalização do espaço, que conta com equipamentos, móveis e climatização.

Espaço vai proporcionar orientação jurídica e psicológica. Fotos: Iago Fonseca

Governador Clécio e a ex-secretária, Adrianna Ramos

“A Secretaria de Mulheres fez um trabalho excepcional no ano passado e faz neste ano. É um trabalho coletivo de fortalecimento mesmo de uma política pública tão necessária”, comentou o governador do Amapá, Clécio Luís (SD), na presença da ex-secretária de Políticas para Mulheres, a vereadora Adrianna Ramos, e da secretária nacional Carmen Foro, representante do governo federal presente na solenidade.

Violência psicológica

De acordo com Adrianna Ramos – que de compatibilizou-se do cargo por motivos eleitorais – houve um salto de mais de 200% nos atendimentos à mulheres de março de 2023 até abril deste ano. Desses, a maior parte são de vítimas de violência psicológica. Até 3 de abril, já foram registrados 204 casos de violência psicológica, seguidos de 64 de violência física e 63 de violência moral. Os dados são do Observatório da Mulher Amapaense.

O espaço inaugurado é localizado dentro do Camuf, no Centro de Macapá

“É algo que nos faz pensar que é o gatilho para o início das violências que podem desencadear no feminicídio. Hoje com o Camuf e o novo Centro de Atendimento às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais vamos oferecer mais serviços. Com o judiciário aqui dentro temos certeza de que essas famílias terão acesso aos seus direitos “, completou a parlamentar.

Ainda segundo o observatório, mantido pela secretaria estadual, a maior parte dos agressores são ex-namorados e ex-companheiros. Os crimes ocorrem, em grande maioria, em Macapá e Santana, entre pessoas dos 35 a 44 anos.

Seles Nafes
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