Por IAGO FONSECA
As 12,3 mil vacinas contra a dengue recebidas ontem (4) pelo Amapá começaram a ser distribuídas aos municípios nesta sexta-feira (5). A vacinação tem como objetivo reduzir as hospitalizações e mortes causadas pela doença e serão aplicadas em duas doses com intervalo de 90 dias.
Durante a seleção das doses, o governador Clécio Luís (SD) reforçou a necessidade de que pais e responsáveis levem os menores de 10 a 14 anos até os postos de vacinação, em uma Unidade Básica de Saúde nos 16 municípios. Neste domingo (7) devem chegar mais 13 mil doses do imunizante.
“É muito importante que os pais, as mães, as famílias levem seus filhos de 10 a 14 anos para vacinar. Temos alguns indicadores de um aumento muito grande dos casos de dengue, inclusive alguns casos de dengue hemorrágica”, reforçou o governador.
As vacinas chegaram após tratativas do deputado federal Dorinaldo Malafaia, o senador Randolfe Rodrigues e o governo do Amapá, para que o Estado receba redistribuições de doses que estão com expiração próxima e que não foram utilizadas por outras regiões.
“Todos os municípios passam a vacinar imediatamente, alguns a partir de hoje, outros a partir de amanhã. Queremos vencer essas vacinas todas até o dia 30 de abril para que a gente possa imunizar o maior número possível de pessoas”, finalizou Clécio.
Redução de casos
De acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), diversas frentes de trabalho atuaram para reduzir os casos da dengue nos municípios de Oiapoque e Laranjal do Jari, nos extremos norte e sul do Amapá. Serviços de conscientização, retirada de lixo, limpeza e borrifação de ‘fumacê’ e reforço no diagnóstico foram feitos para reduzir ocorrências.
“A ação da SVS é reduzir o criadouro. Isso, às vezes, demora um pouco para a gente conseguir ver o resultado em número de casos, mas isso a gente já consegue sentir a diferença em torno de três a cinco semanas depois das ações bem-feitas. Estamos também trabalhando em Tartarugalzinho e a gente vai para outros municípios em que a gente identifica essa fragilidade epidemiológica para dar o suporte”, destacou o superintendente da SVS, Cássio Peterka.