Dudão mantém silêncio, mas tenta agradar com exonerações de investigados

Prefeito investigado pelo MP: decretos de exoneração foram assinados no último dia 5 de abril
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Por SELES NAFES

O prefeito de Mazagão Dudão Costa (União), acusado pelo Ministério Público do Amapá de comandar uma quadrilha dentro da prefeitura, exonerou o secretário de Infraestrutura Clécio do Nascimento Rodrigo, e o presidente da Comissão Permanente de Licitação, Luiz Rosseline Soares. Os dois estão entre os investigados na Operação Cartas Marcadas, deflagrada na semana passada pelo Gaeco e forças policiais integradas.

O relatório do Gaeco enviado ao Tribunal de Justiça para embasar os pedidos de busca e apreensão cita mais de 60 pessoas, órgãos públicos e empresas. Tem até ex-presidente do partido, neste caso Marco Ribas (Podemos) e a esposa dele, a empresária e ex-candidata a deputada federal Sandra Lacerda. Ambos foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Segundo o MP, mais de R$ 200 milhões passaram pelas contas dos investigados.

O Gaeco afirma que Dudão liderava o esquema que incluiu criação de empresas de laranjas para receberem contratos direcionados em licitações fraudulentas. Muitos serviços não eram realizados, e o dinheiro dos pagamentos feitos pela prefeitura eram divididos entre empresários, prefeito e dois sobrinhos deles.

Um dos decretos de exoneração assinados no dia 5 de abril pelo prefeito investigado

Alguns contratos chegavam a R$ 2 milhões.

Dudão ainda não se pronunciou pessoalmente a respeito das acusações contra ele, mas a prefeitura divulgou uma nota de esclarecimentos onde não aborda nenhuma das acusações imputadas pelo MP.

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