Grupo aguarda licenças para iniciar construção de porto privado no AP

Empresa PLA quer abastecer a Amazônia e exportar granéis para outros países
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Por SELES NAFES

A capacidade do Amapá para exportação por via fluvial e marítima está prestes a ser duplicada nos próximos meses, o que deve atrair a atenção de produtores de grãos, transportadoras de combustíveis e outros investidores. O projeto privado será construído na foz do Rio Matapi, próximo ao Porto de Santana, numa concessão pública de 25 anos.

A iniciativa é da holding PLA (Plataforma Logística do Amazonas), que reúne sócios brasileiros e alemães. Entre os investidores do Brasil está o ex-candidato a deputado federal Ricardo Falcão, que liderou a setor de praticagem por vários anos, e a família da ex-deputada estadual Rosely Matos, que é dona da área numa das margens do Matapi.

O empreendimento começou a ser discutido em 2019 com o governo do Amapá, ainda na gestão Waldez (PDT). Depois de uma longa jornada pela regularização fundiária, o grupo conseguiu a concessão federal e agora aguarda os licenciamentos ambientais para construir a infraestrutura. Paralelo a isso, o PLA também capta parceiros financiadores.

O porto terá um modelo diferente dos convencionais. De acordo com o que foi apurado pelo Portal SN com fontes do governo, a estrutura não terá grandes berços de atracação, mas terá dois conjuntos de chipload, uma esteira mecanizada que se encarrega de transportar os produtos dos caminhões e silos de armazenagem até os porões dos navios, como a que já existe no Porto de Santana, administrado pela Companhia Docas (CDSA).

Porto de Santana, administrada pela CDSA: única estrutura portuária em funcionamento no AP. Foto: Divulgação

Porto da PLA também receberá granéis líquidos. O objetivo é abastecer a Amazônia e receber grãos que chegam em balsas do centro-oeste para transbordo em navios com destino a outros países.

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