Quase 4 anos depois, praça de R$ 10 milhões não tem data para ser entregue

Modificações na obra tornam as obras lentas e ofuscam ponto turístico de Macapá
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Por IAGO FONSECA

Há quase quatro anos, o majestoso Rio Amazonas não pode mais ser visto por quem bebê água de coco num quiosque ou passeia pela Beira Rio, no trecho entre a Praça Jaci Barata e o Trapiche Eliezer Levy, na orla de Macapá. Coberto por tapumes, o antigo ponto de encontro e um dos lugares mais visitados por turistas hoje é um caos, especialmente à noite.

A desorganização afastou boa parte da clientela de quiosques e ambulantes. O batateiro Pablo Almeida, que precisou dispensar os funcionários, nunca viu a praça aberta ao público desde 2020, quando foi a prefeitura deu a ordem de serviço.

“Estava previsto para ser inaugurada agora no meio do ano, mas não sei se vai ser possível porque vai chegar época política e nem prefeitura nem governo podem entregar obra, aí fica complicado. Prejudica a venda e o pagamento de funcionário. Cai o resultado, não dá para ficar mantendo”, lamenta o ambulante, que preferiu não ser fotografado.

Mesmo fechada, as obras de revitalização da Praça Jaci Barata só tiveram início em abril de 2021, mas foram paralisadas após um entrave entre a Prefeitura de Macapá e a empresa que executava a obra. Com previsão inicial de entrega para seis meses, o espaço público permanece inacessível.

Em meados de outubro de 2023, foram feitas as reposições de tapumes na extensão da praça, que inicia em frente ao Trapiche Eliezer Levy até a extensão da Avenida FAB. Porém, seis meses após a retomada dos trabalhos, os avanços ainda são tímidos.

De tarde, clientes da Praça do Coco sumiram. Fotos: Anita Flexa e Iago Fonseca

Em qualquer hora do dia, o movimento tem sido fraco

O Trapiche, que tinha previsão de entrega para dezembro, também não foi aberto ao público. A obra tem R$ 4,3 milhões indicados pelo senador Davi Alcolumbre (União). Em 2020, o governo repassou o trapiche para a prefeitura por 20 anos.

Criminalidade

No ano passado, trabalhadores e frequentadores da Praça do Coco, em frente à Jaci Barata, denunciaram ao Portal SN a insegurança no local. Antes visitada por famílias, a praça virou passagem de pessoas armadas, cenário de assaltos e consumo de drogas.

Obras seguem em ritmo lento

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Há quase 4 anos a paisagem é essa

Em março, equipes da prefeitura removeram todos os comerciantes do local. Foto: Olho de Boto/Arquivo SN

Equipes da prefeitura de Macapá e da Guarda Civil realizaram, no fim de março, a reintegração de posse de uma área no Igarapé das Mulheres, no Bairro Perpétuo Socorro, que faz parte do projeto arquitetônico da Praça Jaci Barata, projetado pela empresa de Rosa Grena Kliass, de São Paulo. A mesma que projetou o Parque do Forte.

Procurada, a Secretaria Municipal de Obras de Macapá ficou de se manifestar sobre o tema, mas não deu retorno até o fechamento deste texto.

Seles Nafes
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