Por SELES NAFES
Policiais civis do Amapá reconduziram para mais três anos de mandato a atual diretoria do Sinpol, o sindicato que reúne oficiais, agentes e delegados de polícia, num total de 1.248 servidores na ativa.
Para o presidente Alexandre Verçosa de Souza, que já foi advogado e é agente há quase 17 anos, houve avanços na estrutura de trabalho, na carreira e no efetivo, mas é necessário continuar contratando mais policiais e qualificando os serviços de investigação.
Em entrevista ao Portal SN, ele também avaliou a parceria com a imprensa e outras forças de segurança, que no passado trabalhavam separadamente. A posse será nesta sexta-feira (17), às 17h, na sede do Sinpol.
Quais são as principais bandeiras da categoria?
Continuar nos avanços de valorização, de estrutura física e também para que a gente possa entregar um serviço de mais qualidade.
Quais foram esses avanços?
Estrutura física, prédios novos, armamentos novos, equipamentos de inteligência, convocação de novos policiais e reestruturação na carreira de agentes, oficiais e delegados, mas precisamos continuar avançando em outros pontos.
Quais pontos?
Cursos de aperfeiçoamento, continuar adquirindo novos equipamentos como o armamento que está sendo substituído. Até o fim do ano todo o efetivo estará usando pistolas Glock. Algumas delegacias ainda precisam de reformas ou prédios novos, como em Serra do Navio, onde a delegacia precisa ser reconstruída. O próprio Ciosp do Pacoval precisa ser reformado. Já estão direcionados pelo governo alguns recursos para projetos nesse sentido.
Onde existem Ciosp hoje?
Pacoval, Macapaba, Novo Horizonte, Rodovia Duca Serra, Santana e Oiapoque…Em Laranjal a previsão é construir ou reformar todas as delegacias.
Melhorou muito a comunicação com a imprensa, não é?
Com certeza para toda a segurança pública, e tem ajudado até no trabalho, na captura e identificação de criminosos. A imprensa tem colaborado muito.
Como é a relação hoje entre a Polícia Civil e outras forças de segurança?
É de harmonia. Avançou muito a integração com todas as forças, PM, Iapen (Penal), PF, PRF, Guarda Municipal. É a melhor maneira de combater as facções.
Mas nem sempre foi assim. Antes havia bastante ruído com a PM, por exemplo…
No passado houve um isolamento das forças, com cada uma trabalhando na sua unidade. Mas quando descobrimos o sucesso da integração no combate ao crime, hoje a Sejusp e a Delegacia Geral trabalham muita a integração.
Não houve outras chapas concorrendo na eleição de ontem?
Não. Apenas a nossa inscrição, o que foi positivo. Foi uma aclamação, um referendo pelo trabalho que foi feito nos últimos anos e que precisa continuar.
Esse universo de 1.248 policiais é o suficiente?
Ainda não. Na medida em que o governo do Estado contratou novos policiais também tivemos outros se aposentando. Então não conseguimos crescer muito esse efetivo, mas é um efetivo que está dando conta. Com certeza precisamos pensar em ter novos concursos nos próximos anos.