Pesquisa premiada da Unifap combate a larva do Aedes aegypti

Estudo se destaca como uma potencial arma no controle das larvas do mosquito.
Compartilhamentos

Por ANITA FLEXA

No cenário contínuo de combate ao Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) em 2017 se destaca como uma potencial arma no controle das larvas do mosquito. O óleo de sucupira, explorado no estudo, funciona como um inseticida natural.

O estudo, premiado e reconhecido pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), explorou as propriedades do óleo de sucupira, um recurso natural abundante na região amazônica, como uma ferramenta multifuncional no combate ao Aedes aegypti.

A pesquisa, realizada pela aluna Anna Eliza Eliza Maciel De Faria Mota Oliveira e orientada pelo Profº Drº José Carlos Tavares, revelou que o óleo de sucupira não apenas possui efeitos anti-inflamatórios e repelentes, mas também demonstrou ser eficaz como larvicida.

“A gente desenvolve produtos com esses óleos da Amazônia, numa tecnologia farmacêutica bastante minuciosa, que é justamente para potencializar o efeito desses princípios ativos contidos nesses óleos. Então, um óleo muito promissor foi este, o óleo da sucupira, que foi até uma tese premiada. Então, esse óleo não só nós podemos desenvolver aí, no caso, produtos repelentes, quando a gente fala de repelentes, mas aí tem uma atividade anti-flamatória tópica muito interessante, como também, nessa forma nanotecnológica, também ele tem atividade larvicida”, afirma o professor Tavares.

Óleo de sucupira tem efeito anti-inflamatório, repelente e larvicida

José Carlos Tavares orientou a pesquisa

O reconhecimento da pesquisa da Unifap reforça a importância não apenas da inovação científica, mas também da valorização dos recursos naturais locais no desenvolvimento de soluções eficazes para problemas de saúde pública. Além disso, ressalta a relevância do investimento em pesquisa e desenvolvimento na região amazônica, uma área de grande biodiversidade e potencial para descobertas científicas importantes.

“E os produtos derivados dessas matérias-primas ativas é interessante porque, assim nós podemos desenvolver produtos de baixo custo, favorecendo inclusive que a população mais necessitada tenha acesso a esses produtos, enquanto não está disponível no SUS. Isso que é importante”, conclui o professor Tavares.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!