Poemas do Homem do Cais: Obra prima do AP é relançada após 40 anos

A obra icônica do jornalista Alcy Araújo foi reimpressa pela Gráfica do Senado
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Por SELES NAFES

Uma das obras primas da literatura do Amapá foi reimpressa pela Gráfica do Senado, e será relançada nesta sexta-feira (31). O livro “Poemas do Homem do Cais”, do jornalista Alcy Araújo, foi publicado em 1983 pelo Ministério da Cultura, reunindo uma seleção de 40 poesias.

Falecido em 1989, aos 65 anos, Alcy Araújo foi um dos principais jornalistas do Amapá. Nascido em Peixe-Boi (PA), ele veio implantar o serviço de correios e telégrafos, e acabou se envolvendo com a comunicação.

Escreveu artigos (alguns sob pseudônimos por causa da ditadura), era correspondente do Jornal O Liberal e escrevia para revistas e jornais locais, sendo o primeiro comunicador tucuju a participar como delegado de um congresso da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em 1954.

A jornalista Alcinéa Cavalcante, filha e também escritora, lembra que o pai trouxe do Rio de Janeiro (em 1983) uma caixa de exemplares do livro Poemas do Homem do Cais, mas não chegou a fazer um evento de lançamento no Amapá. Não houve novas impressões até a iniciativa do senador Randolfe Rodrigues, que conseguiu aprovação para a reedição pela Gráfica do Senado.

Exemplar da primeira edição imprensa em 1983. Foto: Alcinéa Cavalcante

Nova edição

Alcy Araújo escreveu para revistas e jornais locais

“É um livro que foi muito procurado. Esse relançamento é uma grande alegria para todo mundo que gosta da poesia. Muita gente tinha curiosidade de ver o livro. É manter vivo o Alcy e dar a oportunidade para nova geração de conhecer o trabalho, a arte, e a poesia daqueles que vieram antes e aplainaram o caminho”, resumiu.

“Esses não podem ser esquecidos, como os gaúchos fazem com (Mário) Quintana e os mineiros com Carlos Drumond”, comparou.

Os 40 poemas foram escritos entre 1982 e 1950. A nova edição, que será lançada em evento hoje à noite na Casa Lisboa, preservou as ilustrações do artista plástico Erivelton Maciel, e traz como novidades dois prefácios assinados por Randolfe e o advogado Rubem Bemerguy, além do posfácio assinado por Alcinéa Cavalcante.  

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