A travessia do medo

Trecho está localizada a 17 km de Macapá entre os bairros Paraíso e Acquaville, no município de Santana, a 17 km de Macapá.
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Por JONHWENE SILVA, de Santana

Quem precisa atravessar diariamente a Rodovia Duca Serra, em um perímetro urbano do município de Santana, a 17 km de Macapá, enfrenta uma situação perigosa. No trecho entre os bairros Paraíso e Acquaville, não há qualquer sinalização que permita a travessia, tornando a simples ação de atravessar a via arriscada.

Segundo dona Antônia Santos, o alerta não é novo. Ela afirma que, todos os dias, precisa se deslocar para a residência onde trabalha como doméstica e teve que mudar seu meio de transporte por medo de ser atingida por algum veículo.

“Antes eu ia de bicicleta, mas agora prefiro vir a pé, porque de bicicleta é muito mais perigoso. Os carros passam em alta velocidade, não tem nenhuma faixa de pedestre, e a gente precisa correr para não ser atingido. Sinceramente, eu tenho medo”, diz ela.

Ciclistas têm que disputar espaço…

… com carros em alta velocidade

Antônia: “Sinceramente, eu tenho medo”

O auxiliar de pedreiro Jorge Santos afirma que a situação se torna ainda mais perigosa à noite, quando a escuridão prejudica a visibilidade dos condutores. Ele alerta as autoridades e relata que já foram registrados acidentes no trecho.

“Todos os dias, muitas pessoas fazem essa travessia. A velocidade dos carros é alta em qualquer horário. Já houve acidentes, o que exige que as pessoas redobrem a atenção. À noite, fica muito mais perigoso. É preciso que as autoridades se atentem para esse problema. Caso contrário, é questão de tempo para que ocorra uma fatalidade aqui”, alerta.

Outro que teme acidentes é o empresário Augusto Abreu, morador do bairro Paraíso. Todos os dias, ele precisa levar a filha à escola no bairro Acquaville e utiliza uma moto como meio de transporte. Segundo ele, já precisou esperar até cinco minutos para atravessar a rodovia.

Jorge Santos: “À noite, fica muito mais perigoso”

Não sinalização e nem iluminação do trecho

“Realmente, é muito perigoso. Só conseguimos atravessar se redobrarmos a atenção. De maneira nenhuma deixo minha filha vir para a escola sozinha, exatamente por causa do risco de acidente”, finaliza.

Seles Nafes
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