Da REDAÇÃO
Os dois assaltantes envolvidos no tiroteio que resultou na morte do motorista de aplicativo Jonildo Garcia Ferreira, de 31 anos, foram presos pela Polícia Civil do Amapá nesta segunda-feira (29).
A polícia acredita que o depoimento deles pode ajudar a esclarecer o que aconteceu naquela tarde de 9 de junho deste ano, quando o profissional do volante foi atingido na cabeça por uma bala perdida, na Avenida Maria de Nazaré Brito de Souza, no Bairro Buritizal, zona sul de Macapá.
A vítima estava com o carro estacionado – provavelmente aguardando uma corrida – a alguns quarteirões de onde havia ocorrido um roubo no qual os dois suspeitos presos assaltaram a proprietária e clientes de um pequeno comércio e restaurante. A ação criminosa foi extremamente violenta, com coronhadas e tapas nas vítimas, das quais foram levados dinheiro, joias e aparelhos celulares.
Após o assalto, houve um tiroteio entre os bandidos e um policial militar que estava à paisana, de folga. A troca de tiros se estendeu pelas vias até chegar onde o motorista estava. O militar que trocou tiros com os criminosos se apresentou à Polícia Civil cinco dias após o ocorrido, mas sem a arma usada na intervenção. Ele alegou que a pistola foi furtada quatro dias depois do ocorrido.
Já os dois acusados foram presos em bairro distintos de Macapá. Um deles, o que seria o piloto da motocicleta usada no crime, foi surpreendido pelos agentes da DECCP em um apartamento do habitacional Miracema, na zona norte.
No imóvel, os policiais encontraram um uniforme de mototaxista, que o criminoso estaria usando para se disfarçar durante o roubo. A polícia apreendeu também os capacetes e a motocicleta vermelha usados no assalto. Os nomes dos presos não foram divulgados pelas autoridades. Eles têm 25 e 46 anos.
A investigação sobre o caso é da Delegacia Especializada nos Crimes contra o Patrimônio (DECCP). Nesta terça-feira (30), o delegado Leandro Leite dará uma entrevista coletiva à imprensa para dar mais detalhes.
Um mês depois, as Polícias Civil e Científica realizaram uma reprodução simulada do tiroteio. O procedimento visa esclarecer quem fez o disparo que atingiu o motorista Jonildo. O resultado da simulação, entretanto, ainda não foi divulgado – pelo menos até esta manhã.