Por JONHWENE SILVA, de Santana
A Capitania dos Portos do Amapá apreendeu uma embarcação que teria desobedecido notificações de segurança e realizou parte de uma viagem clandestina.
Segundo a Marinha, a balsa Maria Beatriz, que é adaptada para transporte de passageiros e cargas, partiu do Canal do Jandiá, em Macapá, no sábado (10), com excesso de peso e tinha como destino Anajás, no Pará. Apesar de já ter sido notificada e apreendida devido a denúncias de risco de naufrágio, a embarcação seguiu viagem clandestinamente.
Segundo a Marinha, em Macapá, a balsa foi impedida de zarpar por uma equipe da fiscalização de tráfego aquaviário da Capitania dos Portos para que todas as irregularidades fossem sanadas.
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Segundo relatório da Marinha, excesso de peso …
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… colocava em risco de afundar a embarcação
No entanto, em um flagrante descumprimento das ordens, o comandante da Maria Beatriz aguardou a saída da equipe de fiscalização e, sem corrigir as irregularidades, reiniciou a viagem, transportando passageiros e carga de maneira irregular.
Durante o trajeto, a embarcação apresentou problemas no sistema de propulsão e começou a entrar água no convés, evidenciando o excesso de carga. Mesmo assim, o comandante prosseguiu viagem.
A situação foi denunciada através do telefone de emergência da Marinha (185), o que levou agentes da Capitania a abordar novamente a balsa, já no município de Afuá (PA). Desta vez, uma equipe de inspeção naval apreendeu e lacrou a embarcação, impedindo a continuidade da viagem clandestina.
O comandante da embarcação, registrado no rol de equipagem, não estava a bordo, incorrendo em mais uma infração à segurança da navegação.
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Embarcação teve que ser apreendida duas vezes
O condutor da embarcação foi levado pela autoridade policial para prestar esclarecimentos na Delegacia de Polícia Civil de Afuá. Ele terá que explicar por que rompeu o lacre sem autorização e prosseguiu com uma embarcação retirada de tráfego, colocando em risco a vida dos passageiros e o meio ambiente, com a possibilidade de um acidente que poderia causar poluição por óleo e outras substâncias.
A Capitania continua investigando as causas e responsabilidades do incidente e convocou o proprietário e o comandante da balsa para prestarem esclarecimentos.